O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, falou pela primeira vez sobre a quebra dos sigilos fiscal e bancário dele, determinada pela Justiça do Rio de Janeiro.
Em conversa com Débora Bergamasco, ele negou que esteja tentando impedir a investigação e afirmou que não tem nada a temer: "Eu nunca falei que sou contra a investigação, que estou tentando impedir alguma coisa. Nada disso. O que eu sempre relutei e me causa revolta é a reforma como estão acontecendo as coisas. Estou sendo acusado de ilegalidades e, assim, eu não sou tratado como um brasileiro normal. É uma perseguição implacável", disse Flávio.
Entenda o caso
A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro e do ex-assessor do filho do presidente, Fabrício Queiroz. O pedido, do Ministério Público do estado, foi atendido no dia 24 de abril, mas mantido em sigilo até hoje.
Essa autorização se estende às mulheres dos dois e às duas filhas de Queiroz, além de 88 funcionários que trabalhavam com Flávio na Assembleia Legislativa
O Ministério Público investiga se parte dos salários desses funcionários era repassada a Queiroz, a mando do filho do presidente.
Em fevereiro, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do senador Flávio Bolsonaro para suspender as investigações do Ministério Público relacionadas a movimentações financeiras consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras.
O relatório do Coaf aponta que Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, movimentou R$ 1,2 milhão durante um ano, valor acima dos rendimentos dele.
Além disso, recebeu 48 depósitos em dinheiro de outros funcionários do gabinete, no total de R$ 96 mil. Os depósitos, sempre no valor de R$ 2 mil, aconteceram no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
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