Planet Hemp e As Mercenarias - Me Perco Nesse Tempo - Ao Vivo Espaço Unimed - 11/07/24
Distopia”, primeiro single do álbum Jardineiros (2022), marcou o retorno musical do grupo de forma emblemática e abriu a primeira das participações especiais que viriam a acontecer naquela noite. Criolo, grande referência da cena e também artista parceiro na canção, subiu ao palco sendo extremamente bem recebido pelo público.
Major RD, rapper carioca, veio logo atrás e entrou em “Taca Fogo”. Rodrigo Lima (Dead Fish) teve seu espaço em “Fim do Fim”. Ambas participações foram robustas e enérgicas, injetando ainda mais ânimo aos fãs que se empurravam em grandes rodas. Entre as músicas, Marcelo D2 aproveitou para agradecer o público e dizer que acredita que o rap influencia e conecta. Nessa deixa foi a vez de Seu Jorge (ex Planet Hemp também) e Emicida invadirem o palco, em “Nunca Tenha Medo”. “Biruta” colocou Seu Jorge para exibir suas habilidades ao tocar a flauta desse soul dançante, encaixando todos em um transe pelas notas doces e psicodélicas.
O segundo bloco começou com a participação de duas figurinhas carimbadas de uma das antigas formações do grupo: Zegon (Tropkillaz) e Black Alien. Passaram por clássicos como “Zero Vinte Um”, que não via o calor dos palcos há mais de 20 anos, e “Queimando Tudo”, um dos maiores hits do PH. O público retribuiu o momento com muita energia e muita paixão, pois era óbvio que aquele momento estava se cristalizando na história do raprockandrollpsicodeliahardcoreragga nacional.
BNegão e Marcelo D2 brincaram com um fã da platéia antes de “Puxa Fumo”, enquanto no telão, imagens canábicas psicodélicas acompanhavam de forma perfeita as linhas de baixo groovadas de Formigão. Kamau fechou as participações deste segundo bloco, ao entrar em “Bateu Uma Onda”, música com sample famoso de MC Carol.
Marcelo D2 e BNegão iniciaram o terceiro e último ato da noite de maneira mais que especial, ao pedir para os fãs abrirem um corredor na pista, pois ambos iriam para o meio da roda. A equipe da banda prontamente montou uma espécie de palquinho no coração do Espaço Unimed, e, com “100% Hardcore”, o caos começava. Um enorme circle pit se formava em volta dos dois, câmeras gravaram a cena de todos os ângulos, mulheres e homens se empurravam enquanto outros abusavam dos crowd surfs: um momento catártico que com certeza ficou cravado na memória de todos os presentes.
Ao voltarem para o palco, foi a vez de Mike Muir (Suicidal Tendencies/Infectious Groove) dar as caras em “Salve Kalunga” e “War Inside My Head”, dando continuidade ao momento mais frenético da noite. As Mercenárias, banda feminina de punk rock dos anos 80, participaram em “Me Perco Nesse Tempo”.
A penúltima participação da noite ficou por conta de Pitty, grande amiga da banda, que entrou com “Admirável Chip Novo” na releitura do PH, feita para o álbum de remixes do clássico de mesmo nome da cantora. A música ficou com uma pegada acelerada, bem hardcore, contribuindo mais uma vez para que a energia não esgotasse por um segundo sequer.
BNegão e Marcelo D2 conversaram bastante durante a noite: saudaram Skunk (membro criador do PH), Chico Science, Speed Freaks, Marcelo Yuka, Sabotage, falaram sobre a descriminalização e a legalização da maconha, sobre a Palestina, contaram algumas histórias desses 30 anos de banda e dedicaram “Samba Makossa”, cover de Chico Science, para Chorão. Chamaram os últimos convidados da noite, Baiana System, para participarem de um mashup de “Dig Dig Dig” e “Duas Cidades”. Russo Passapusso, vocalista, não se segurou ao confessar que PH é sua maior influência. O clímax da noite ficou por conta da gigante “Mantenha o Respeito”, com D2 segurando um baseado de plástico imenso.
É bem claro que a banda e sua equipe planejaram essa noite de
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