A HISTÓRIA DE CRIOULO DOS PAMPAS
Carlos Roberto Macedo Monteiro, mais conhecido por Crioulo dos Pampas, nasceu no ano de 1947, em São Gabriel, em uma família de músicos gaúchos que cantavam as belezas do Rio Grande do Sul. Até sua avó era uma exímia tocadora de gaita, como o acordeão é chamado no Estado.
Com tanta influência, não teve jeito: ainda criança, Carlos começou a acompanhar o pai nas apresentações.
Após tocar outros instrumentos, apaixonou-se de vez pela gaita por volta dos 18.
O sucesso veio com a música "Crioulo dos Pampas", que, além de abrir caminhos para sua carreira, acabou se tornando seu nome artístico. A canção preferida do público nos shows, porém, era "Nego Bom Não Se Mistura".
Crioulo dos Pampas gravou 19 discos e foi um dos poucos cantores negros a fazer sucesso no nativismo, uma das vertentes da música gaúcha, com letras mais conotativas e metafóricas, com composições populares e voltadas ao “regionalismo xucro”.
Aos 42 anos, Crioulo dos Pampas conheceu Iara, irmã de um amigo, em um baile na cidade de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Juntos, tiveram dois filhos: Sandyara e Carlos, que já segue os passos do pai na vida artística.
Crioulo dos Pampas contagiava a todos com sua alegria e não gostava de ver ninguém triste. Um dos versos de sua música mais famosa resume bem seu espírito: "No dia em que eu morrer/ Façam festa com fartura/ Não quero muita tristeza/ Nem caixão de tábua dura".
Além das canções Crioulo dos Pampas e Nego Bom Não Se Mistura, pelas quais ficou conhecido, ele também fez sucesso com "Clareando as Coisas", "Canção dos Tropeiros", "Botando pra Quebrar", entre outras. Em uma carreira exitosa, Crioulo gravou vários LPs e CDs.
Na cidade natal da mulher, ele fez seu último show, no dia 9 de dezembro de 2013.
Crioulo dos Pampas, que também era pai de outros três filhos, morreu de infarto, em Porto Alegre, no dia 9 de abril de 2014, aos 66 de idade, tendo sido enterrado em Gravataí, cidade onde há anos residia o pérola negra da música gaúcha.
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