O Repórter Brasil desta segunda-feira, 9 de janeiro, mostra como ficaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, após os ataques terroristas de bolsonaristas radicais. No Palácio do Planalto, o prédio, móveis e obras de arte foram destruídos.
No Senado, bem perto da sala da presidência, onde ainda é visível a dimensão dos estragos: muitos vidros quebrados, fios arrancados e mobiliário destruído. Na Câmara, os estragos foram ainda maiores: destruíram vidraças e usaram mangueiras de incêndio para molhar o local. Câmeras de segurança foram arrancadas e obras de arte danificadas.
O acesso ao Congresso Nacional ficou restrito e apenas pessoas autorizadas puderam entrar no prédio. Durante todo dia, equipes de limpeza e de reparos fizeram o trabalho de remoção dos entulhos, a higienização dos carpetes e avaliação dos prejuízos causados. O levantamento está sendo feito pela área de patrimônio.
No início da noite desta segunda-feira, a diretoria administrativa do Senado realizou uma reunião para avaliar a dimensão desses estragos e apontar como serão feitos os reparos. Em um primeiro levantamento, a estimativa é que os prejuízos no Senado sejam entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões. O mesmo levantamento será feito na Câmara.
Segundo o senador Marcos do Val, os estudos preliminares das imagens deixam claro que os ataques foram premeditados e que os criminosos passaram por um treinamento, já que eles sabiam onde estavam os hidrantes, os extintores, a sala de armamentos e escolheram uma data em que a casa estava vazia. Mais cedo, o senador Veneziano Vital do Rêgo, que ocupava a presidência do Senado, com base numa reunião de líderes, fez uma avaliação inicial do episódio. Segundo ele, todos os senadores reprovam esses atos e as investigações serão acompanhadas de perto pelo Senado Federal.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi proposta pela senadora Soraya Tronicke. As 27 assinaturas necessárias para a instalação dessa CPI já foram colhidas, mas segundo o segundo o senador Veneziano Vital do Rêgo, a instalação só deve acontecer a partir de 1º de fevereiro, na volta do recesso parlamentar. Isso porque o Congresso deve receber novos parlamentares que foram eleitos e as assinaturas terão de ser confirmadas.
No Supremo Tribunal Federal (STF) foi de continuidade das perícias criminais. A Polícia Federal realizou uma perícia técnica dentro e fora do palácio. Do lado de fora, foram usados scaners 3D e drones. No interior do prédio, a exemplo do que ocorreu no Congresso e no Planalto, estão sendo coletados materiais deixados pelos invasores, impressões digitais e de pegadas, e até material genético. Tudo que possa ajudar na identificação dos autores. Depois da conclusão das perícias, vai ser feito o trabalho de catalogar os estragos e calcular os prejuízos. Trabalho que não tem prazo para ser concluído.
O edifício-sede continua interditado até a conclusão desses trabalhos. Os anexos do Supremo não foram atacados e funcionaram hoje normalmente. Todos os prédios foram vistoriados pela Polícia Judicial do supremo antes da liberação da entrada de servidores. Isso foi feito também porque chegou se a pensar que uma granada não detonada tinha sido deixada no prédio principal do STF, mas depois foi constato que se tratava de uma bomba não letal, usada pela segurança, possivelmente uma bomba de gás lacrimogêneo ou de efeito moral.
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