Bokashi é um adubo orgânico super completo. Só isso já seria o suficiente para você usá-lo, mas, nossa jardineira Carol Costa junta todas as dicas para criar um dossiê completão do Bokashi. Farelado ou líquido, a composição, os micro-organismos, onde e como usar, e um montão de informações nesse vídeo onde o Bokashi (ou biokashi) brilha.
Bokashi é o nome desse adubo de origem oriental e, em japonês, seu nome tem dois significados: "diluir ou dissolver" e também "composto orgânico". Esse adubo é um resultado da fermentação de produtos de origem vegetal ou animal. Existem várias receitas de Bokashi e quase sempre esse composto é feito de farinhas de osso, peixe ou sangue (origem animal), além de tortas de mamona, algodão, bagaço de cana e outros componentes de origem vegetal. Tem algumas fórmulas que ainda usam algas na sua composição – só pra lembrar que alga não é, nem planta, nem animal; algas são do reino protista.
Além dos compostos de origem animal e vegetal, o Bokashi também possui micro-organismos eficientes, conhecidos pela sigla EM (efficient microorganisms, em inglês). Existem receitas para fazer o Bokashi, como a fornecida pela Embrapa (link aqui embaixo), mas, para uso doméstico, compensa investir no adubo já pronto. Existem duas versões: o farelado e o líquido.
Nossa louca das plantas conheceu o Bokashi através de orquidófilos mas esse adubo pode ser usado em qualquer planta: espécies ornamentais em vasos, comestíveis (hortas e PANCs), cactos e suculentas, plantas suspensas, samambaias, vandas, qualquer planta! O único porém é, se a composição do Bokashi leva torta de mamona, evite usar em locais que animais acessem, já que esse componente é tóxico.
Adubos tem validade e no caso do Bokashi, isso deve ser levado em consideração também. Como sua composição leva micro-organismos vivos, o Bokashi só fará o efeito se estiver dentro do prazo. Verifique a informação na embalagem antes de comprar o produto. Assim que abrir a embalagem, use o adubo e o restante, conserve em local seco e escuro. Além dos nutrientes mais comuns em adubos, como o trio de macronutrientes nitrogênio-fósforo-potássio (NPK), o Bokashi também fornece os micronutrientes como cálcio, níquel, boro, zinco, molibdênio e outros. Por ser tão completo, não use o Bokashi com outros adubos ou fertilizantes, correndo o risco de matar sua planta com uma superdosagem.
Lembra que um dos componentes do Bokashi é a farinha de osso? O odor desse composto pode atrair cães e gatos mas não é perigoso para os pets, exceto se a receita leva torta de mamona, essa sim, é tóxica. Se a receita de Bokashi que usar não tem torta de mamona, o único perigo é algum bicho mais xereta remexer a terra do vaso.
O Bokashi (também conhecido como biokashi) é um adubo de liberação lenta. Isso quer dizer que os nutrientes são liberados gradativamente por um período que varia entre 1 a 3 meses. As três formas recomendadas para usar o Bokashi são: misturado diretamente no substrato
Misture o Bokashi no substrato quando estiver trocando uma planta de vaso, preparando um local para o plantio ou então, se já é um jardim, use um rastelinho para afofar a terra e espalhe o adubo. Lembre-se de cobrir com palhinhas protetoras para que os compostos não evaporem no sol. Uma colher de sopa para um vaso de 20 cms de diâmetro é o suficiente e, para recipientes maiores, multiplique essa quantidade.
Se a planta é epífita, como uma orquídea em uma árvore, a melhor forma é diluir o Bokashi na água e usar na rega. Essa dica vale também para plantas que estão bem densas, onde você não consegue acessar o substrato para distribuir o adubo, como em vasos com suculentas e cactos.
Um truque super esperto é fazer um sachê com um tecido poroso e colocar uma colher de sopa de Bokashi farelado. Deixe esse embrulho dentro do vaso e, quando regar a planta, direcione a água para a trouxinha. Em plantas com raízes expostas ou arranjos de suculentas, o sachê funciona super bem.
Links:
Receita da Embrapa para bokashi:
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Bokashi pronto: [ Ссылка ]
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