Donald Trump demitiu, na terça-feira, o diretor do FBI, James Comey. O FBI é uma mistura de Polícia Federal com serviço secreto. Pois nos últimos quatro dias o caso foi crescendo, e agora ganhou o tamanho de um grande escândalo. O próprio Trump, que é um principiante e um amador em política, ajudou sem-querer a engrossar o caldo. Antes de ser demitido, o diretor do FBI investigava as ligações, no ano passado, entre a campanha presidencial de Trump e o governo da Rússia. Pois agora vazou que Trump perguntou a ele três vezes se, por acaso, ele, Donald Trump, não estava sendo também investigado. Ao demitir James Comey, o presidente americano levantou a suspeita de que tinha culpa em cartório, e estava querendo apagar pistas importantes. Prestem atenção. Ter ligações com uma potência estrangeira é um pecado mortal para qualquer inquilino da Casa Branca. Esse caso ainda pode cheirar muito mal para o presidente falastrão. Hoje, pelo Twitter, ele ameaçou Comey a não vazar gravações comprometedoras. Na terça-feira, ele disse que Comey tinha um problema de relacionamento com a equipe dele. Mas o vice-diretor do FBI, que sucedeu Comey, desmentiu ontem a afirmação. A Casa Branca também afirmou, na terça-feira, que demitiu Comey porque ele havia prejudicado a campanha da presidencial de Hillary Clinton. É verdade. Mas parece esquisito que um presidente republicano, seja solidário com a vítima de uma safadeza, em que ele foi o principal beneficiado. E, como sempre, acaba sobrando para a imprensa. Toda a mídia americana está com o olho deste tamanho, em cima das escorregadas do governo. Trump então disse, ainda pelo Twitter, que talvez o melhor seja cancelar as entrevistas coletivas dentro do governo. E, a partir de agora, responder as perguntas só por escrito, para "evitar distorções". Trump fez uma enorme burrada. Trump está na defensiva. Trump está com medo. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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