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Clínica de Fisioterapia Dr. Robson Sitta
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O que é Tenossinovite?
A tenossinovite é uma inflamação na membrana que recobre o tendão. A função dessa membrana é nutrir e lubrificar. Esse tendão é conhecido como bainha tendinosa, causando dores, inchaço e dificultando os movimentos por conta da inflamação.
O que é tendinite de De Quervain?
A tendinite, tenossinovite ou síndrome de De Quervain é uma inflamação que afeta os tendões do punho que se dirigem para o polegar, nomeadamente os tendões do abdutor longo e extensor curto do polegar, na zona onde atravessam uma bainha fibrosa espessa, que constitui o primeiro compartimento extensor do punho.
Foi descrita pela primeira vez pelo médico suíço Fritz De Quervain, no ano de 1895.
Este problema afeta sobretudo adultos entre os 30 e os 50 anos e as mulheres são 10 vezes mais afetadas que os homens.
Tendinite de De Quervain - causas
Embora as causas da tenossinovite de De Quervain sejam desconhecidas, na maioria dos casos está associada a excesso de uso, quer em casa quer no trabalho, ou a artrite reumatóide.
Qualquer atividade que envolva movimento repetitivo do punho e mão como jardinar, jogar golfe ou ténis ou pegar num bebé, por exemplo, pode desencadear e/ou agravar a sintomatologia. Posições viciosas prolongadas ou situações de sobrecarga também podem estar na sua origem. Por este motivo, a tendinite de De Quervain está associada a diversas atividades laborais, atingindo sobretudo trabalhadores manuais, o que, neste contexto, constitui uma doença do trabalho ou doença profissional.
Além disso, existem condições fisiológicas que predispõe ao desenvolvimento desta patologia, como a gravidez, o puerpério ou em doentes que tenham tido uma fratura prévia do punho.
Embora na maioria dos casos seja um problema unilateral, atingindo mais frequentemente a mão dominante, não raramente, a tendinite de De Quervain pode ser bilateral (atingindo as duas mãos).
Tendinite de De Quervain - sintomas
O principal sintoma da tendinite de De Quervain é a dor no bordo externo do punho. A dor pode ter inicio súbito ou insidioso e inicialmente surge a nível da base do polegar, na zona que corresponde ao primeiro compartimento extensor. Frequentemente a dor irradia em direção ao polegar ou ao antebraço, sendo por vezes difícil para o doente localizar um ponto específico de dor.
Pode ser palpável uma tumefação nessa região que corresponde ao espessamento da bainha fibrosa estenosada, onde os tendões afetados deslizam, bem como uma crepitação percetível com os movimentos dos mesmos. A dor geralmente agrava com palpação local e com a mobilização do punho e do polegar.
Tendinite de De Quervain - diagnóstico
O diagnóstico da tendinite de De Quervain é essencialmente clínico. O teste de Finkelstein é um teste clínico, muito útil na confirmação do diagnóstico da tendinite ou tenossinovite de De Quervain.
Perante uma clínica sugestiva, o diagnóstico de tendinite de De Quervain deve ser confirmado através da realização de exames, nomeadamente de uma ecografia. O Raio x (Rx) não é necessário para o diagnóstico desta patologia mas pode ser útil para exclusão de outras patologias que possam ter uma apresentação clínica semelhante ou no caso de antecedentes de patologias prévias, como a fratura do punho.
Tendinite de De Quervain tem cura?
A tendinite de De Quervain tem cura com o tratamento adequado, que consiste na eliminação da inflamação dos tendões afetados, proporcionando assim alívio da dor e recuperação da mobilidade e da função.
Saiba, de seguida, como tratar a tendinite de Quervain.
Tendinite de De Quervain - tratamento
O tratamento inicial da tendinite de De Quervain leve a moderada que não afeta significativamente as atividades da vida diária, deve ser conservador e consiste em fazer repouso de atividades desencadeadoras dos sintomas como movimentos repetitivos do polegar, posições viciosas ou sobrecarga sobre o polegar. Para facilitar esta tarefa, podemos recorrer ao uso de uma tala imobilizadora do punho e do polegar, permitindo o repouso da zona inflamada, o que favorece a recuperação.
A prescrição de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.
A fisioterapia pode ter algum papel no alivio da inflamação, mas raramente é eficaz de forma isolada. O tratamento conservador é mais eficaz se realizado nas primeiras 6 semanas após o inicio os sintomas.
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