Sexta, 22 Março 2019 17:04
Servidores comparecem em massa na manifestação contra a reforma da previdência
Servidores comparecem em massa na manifestação contra a reforma da previdência
Sindicatos de trabalhadores de São Carlos, levaram para o centro de São Carlos na manhã desta sexta-feira (22), centenas de pessoas para participarem do Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa da Previdência. O protesto contra a reforma da previdência está sendo realizado em diversas cidades brasileiras e foi organizado pelas centrais sindicais, CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB, intersindical Luta e Organização, CSP-Conlutas, Intersindical-Central da Classe Trabalhadora, CGTB e NCST.
Em São Carlos a grande maioria dos manifestantes foi composta por servidores públicos municipais (cerca de 600 assinaram a lista de presença), principalmente da Educação, eles foram liderados pelo Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais de São Carlos.
O ato teve início às 9hs com concentração acontecendo na baixada do Mercado Municipal, depois os manifestantes tomaram a avenida São Carlos e subiram até a praça Coronel Salles, com os representantes das centrais e sindicatos, fazendo discursos contra a reforma proposta pelo presidente Jair Bolsonaro. Por volta das 11h30 a manifestação foi encerrada.
A mobilização desta sexta, segundo os sindicalistas foi um aquecimento rumo a uma greve geral em defesa das aposentadorias.
A PEC - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC06/2019) da reforma da Previdência, de Jair Bolsonaro, prejudica trabalhadores e trabalhadoras que vão entrar no mercado de trabalho e a maior parte dos que já estão trabalhando.
Motivo: o texto que será analisado pelo Congresso Nacional dificulta as regras de acesso, reduz o valor dos benefícios e altera até a legislação trabalhista, como é o caso do item que acaba com o pagamento da multa de 40% do saldo do FGTS quando o trabalhador se aposentar e continuar na mesma empresa. Esse item também isenta o empresário de continuar contribuindo com o FGTS.
OS 10 PIORES PONTOS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
IDADE MÍNIMA
Institui a obrigatoriedade da idade mínima para a aposentadoria de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), tanto do setor público como do setor privado. A proposta também contém um dispositivo que aumenta, a partir de 2024, a idade mínima a cada quatro anos, de acordo com a expectativa de vida da população medida pela IBGE.
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
A PEC acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição. Para o trabalhador se aposentar, precisa obrigatoriamente atingir a idade mínima. Nesse caso, o tempo de contribuição passará de 15 para 20 anos. Se o trabalhador quiser receber o benefício integral, além da idade mínima, terá de contribuir durante pelo menos 40 anos.
MÉDIA SALARIAL
O cálculo para o valor do benefício passará a contabilizar todos os salários e não mais os 80% mais altos, como é hoje. Com isso, o valor do benefício das futuras aposentadorias será bem menor, pois ninguém entra no mercado de trabalho com altos salários.
MULHERES
As mulheres terão que trabalhar mais e ganhar menos. Elas serão as mais prejudicadas, pois um dos principais pontos é o que prevê o mesmo tempo mínimo de contribuição entre trabalhadores e trabalhadoras: 20 anos para benefício proporcional e 40 anos para integral. Estas regras desconsideram que as mulheres têm de cumprir a tripa jornada – trabalho formal, doméstico e cuidado com os filhos. Desconsidera também que são elas as maiores vítimas do desemprego (a taxa entre as mulheres é de 15%, enquanto entre os homens é de 11%), da alta rotatividade e do trabalho informal.
PROFESSORES
A PEC prevê idade mínima obrigatória para aposentadoria da categoria de 60 anos para homens e mulheres e aumenta o tempo mínimo de contribuição para 30 anos. Quem cumprir esses requisitos terá direito a 80% do valor do benefício. Para ter direito a 100% do benefício é preciso contribuir durante 40 anos. Pelas regras atuais, as professoras se aposentam com benefício integral quando completam 50 anos de idade e 25 anos de contribuição e os professores, 55 anos de idade e 30 anos de contribuição.
RURAIS
A PEC prevê 20 anos de contribuição e idade mínima de 60 anos para homens e mulheres do campo se aposentar. Além disso, as famílias (grupo familiar) terão de contribuir com, no mínimo, R$ 600,00 ao ano, mesmo se não produzirem. Atualmente, a idade mínima de acesso à aposentadoria dos trabalhadores da agricultura familiar é de 55 anos para as mulheres e 60 para os homens, com obrigatoriedade de comprovar 15 anos de atividade rural.
SERVIDORES PÚBLICOS
A proposta de Bolsonaro quer estabelecer a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para as mulheres. Mais em:
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Música: Stop ( by FUGUE )
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