AMARAL VIEIRA
TOCCATA opus 208 para órgão (for organ)
IAIN QUINN, organ
Gravada na Igreja da Intercessão, em Nova Iorque em 1997
(Recorded at the Church of Intercession, New York, 1997)
Toccata opus 208 (1986) para órgão
Esta obra, dedicada à grande organista brasileira Nelly Martins, foi composta em São Paulo no ano de 1986.
Com a Toccata opus 208, Amaral Vieira deu continuidade à sua produção dedicada ao órgão, instrumento para o qual havia escrito já diversas composições anteriormente.
Trata-se de uma peça compacta em três breves movimentos, cuja estrutura evoca o modelo da toccata clássica.
Encontramos nessa obra uma espontânea fluência do pensamento musical, assim como uma abordagem do gênero caracterizada pela simplicidade de meios utilizados.
O primeiro movimento da obra apresenta e desenvolve um tema afirmativo que caminha em direção às notas agudas do órgão. Segue-se imediatamente uma segunda idéia de natureza oposta, de impulso descendente e de expressão obstinada. Encontramos na primeira parte da Toccata a alternância dessas duas tendências, no espírito de um transparente diálogo.
O Adágio central revive o ambiente intimista de um pequeno arioso. Uma melodia meditativa e austera, acompanhada de acordes compassados e contidos, cria um clima de completa serenidade e paz.
O Allegro final é na realidade um reduzido “perpetuum mobíle”. Trata-se de um movimento bem-humorado, com harmonias intencionalmente simples e objetivas, proporcionando tanto ao organista como também aos ouvintes um breve momento de total descontração.
A Toccata opus 208 foi premiada pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) como “Melhor Obra Instrumental Solista de 1986”.
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