As concessões sofreram uma 'morte tecnológica' com a evolução da tecnologia. Assim pontuou o assessor do gabinete do conselheiro Igor de Freitas, Isaac Averbuch, ao falar que o setor de Telecom é 'sui generis' e não se compara aos demais da infraestrutura, como os de estrada e de energia elétrica.
"As concessões vão morrer por mera obslocência tecnológica, independente da vontade do órgão regulador. Nas estradas isso não acontece. Na energia, as distribuidoras duram mais de um século", exemplificou Averbuch, em painel sobre Recuperação Judicial, no 30º Seminário Internacional da ABDTIC, realizado em São Paulo.
Averbuch lembrou que a legislação do setor não prevê a possibilidade de uma operadora solicitar o equílibrio econômico por conta da competição ou da queda de assinantes em serviços como o da telefonia fixa. Por sua vez, o secretário de fiscalização de logística e infraestrutura de telecomunicações do Tribunal de Contas da União (TCU), Marcelo Barros da Cunha, questionou a atuação passada da agência. "É certo que hoje há problemas com as concessões. Mas no passado, a Anatel não fez um acompanhamento quando o serviço era rentável e atrativo. A agência não sabe os ganhos obtidos", pontuou.
Bens reversíveis
No caso específico da Oi, o assessor do gabinete do conselheiro Igor de Freitas, Isaac Averbuch, disse que a operadora está proibida de alienar qualquer ativo para atender a recuperação judicial. "A cautelar nos permite acompanhar o processo muito de perto".
O TCU, por sua vez, diz que não terá uma posição sobre a adequação dos bens reversíveis ou não determinará quais bens são reversíveis. "Essa é uma atribuição muito clara da Anatel. Mas temos o dever de fiscalizar porque precisamos dar transparência". Assistam a participação dos executivos da Anatel e do TCU.
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