Autoridades francesas e a revista Charlie Hebdo recordaram nesta terça-feira os ataques que deixaram uma dezena de mortes há dez anos, com uma cerimônia solene do lado de fora da antiga sede do semanário em Paris. Durante o evento foram lidos os nomes das oito vítimas que trabalhavam na redação em 7 de janeiro de 2015, quando dois irmãos franceses de origem argelina, Chérif e Said Kouachi, que haviam jurado lealdade à Al Qaeda, entraram na sede da revista com fuzis. Entre os presentes no ato estavam o presidente, Emmanuel Macron, sua esposa, Brigitte, e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo. A violência iniciada pelos irmãos Kouachi causou outras mortes ao longo de dois dias de terror e perseguição policial, entre 7 e 9 de janeiro de 2015. Um policial e quatro clientes judeus de um supermercado kosher foram mortos em outro ataque, realizado por outro amigo dos irmãos. Uma cerimônia também foi organizada em frente ao estabelecimento, com a presença das mesmas autoridades. A revista continua a publicar dezenas de milhares de exemplares semanalmente, embora sua sede seja secreta e seus cartunistas vivam sob medidas de segurança extraordinárias.

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