A Cúpula da Amazônia terá início nesta terça-feira 8 em Belém. No total, representantes de 15 países se reunirão na capital paraense para discutir e assumir compromissos de preservação ambiental. O presidente Lula tentará convencer os países da América do Sul a adotar a promessa de desmatamento zero, algo que o Brasil se comprometeu a fazer até 2030. O presidente brasileiro também tornou a cobrar dos países ricos a concretização de promessas sobre contribuições com políticas de proteção ambiental e desenvolvimento na Amazônia. Em um evento em Santarém-PA nesta segunda-feira, por exemplo, Lula relembrou o compromisso firmado em 2009 por países desenvolvidos sobre a liberação de 100 bilhões de dólares para a criação do fundo de ajuda à manutenção e à preservação da diversidade da Floresta Amazônica. Até hoje, segundo o petista, o repasse não ocorreu. Em meio a esses debates, Lula falou também sobre as ameaças que recebeu de bolsonaristas por sua visita à região: "Cachorro que late não morde", afirmou o presidente.
Para comentar as expectativas para Cúpula da Amazônia, os repórteres Mauricio Thuswohl e Fabiola Mendonça recebem Eugênio Pantoja, diretor de políticas públicas e desenvolvimento territorial do IPAM, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.
Veja também: A repercussão das declarações de Romeu Zema. Em entrevista ao Estado de São Paulo, o governador mineiro voltou a criticar que os estados do Norte e Nordeste sempre captam a maior parte do orçamento para benefícios sociais. “O que nós queremos é que o Brasil pare de avançar no sentido que avançou nos últimos anos — que é necessário, mas tem um limite— de só julgar que o Sul e o Sudeste são ricos e só eles têm que contribuir sem poder receber nada”, disse. Em nota, o Consórcio Nordeste classificou a declaração como um "lampejo separatista" e uma "leitura preocupante do Brasil".
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