O convidado do nono episódio do “Ondjango Cast”, videocast sobre cultura ancestral angolana e africana, é o músico e pesquisador cultural Tony Nguxi.
No programa, fala das suas pesquisas sobre a ancestralidade e os impactos da história na formação da identidade cultural angolana. “No meu conhecimento, os antepassados podem ser interpretados como as pessoas que vieram antes de nós. Ancestralidade é o processo desse exercício biológico. Não são pessoas, é o exercício produzido por essas pessoas, o conjunto de actos e manifestações que nos consagra como pertenças de uma geração”, diz o músico.
Idealizado a partir do conceito multiplataforma, o “Ondjango Cast” é exibido às terças-feiras na TV Girassol, às 21h00, e pode ser acessado no portal giranoticias.com.
O programa traz, a cada episódio, uma conversa com um especialista em cultura angolana e africana, sempre com foco em assuntos da ancestralidade, como mitos fundadores, personagens históricos, povos originários e outras curiosidades.
António José Augusto, artisticamente conhecido por “Tony Nguxi”, nasceu no bairro Kapango, no Luena, província do Moxico, no dia 16 de Agosto de 1967.
É bacharel em Jornalismo pela Bernardine College, localizada na África do Sul (2000), e fez o curso médio de Educação Física pelo Instituto Nacional de Educação Física (INEF), em 1992, em Luanda.
Músico com uma longa trajectória em Angola, Tony Nguxi já lançou nove discos, entre os quais Taizeno (1993), Ákwa África (1998), Kazeze (1999), Mahamba (1995), Space of Love/Espaço do amor (2012) e o single Zambeze (2015).
Além de músico, é também locutor, escritor, professor de educação física e produtor de filmes.
Ganhou três prémios como melhor artista da África Austral e vídeos no KORA - Angola, África Music World (2000), MTVC (2001) e TV África (2001).
Como realizador de cinema, venceu em 2011, na Feira Internacional de Cinema (FIC), a categoria de melhor filme produzido no estrangeiro, com o título “Meu coração em trevas".
Na literatura, lançou a obra “Mahamba – Verdade, Paz, Tempo e Lugar”, em 2007, e “Testemunho Ocular – Sob o olhar silencioso de uma criança (1967-2017) ”, em 2022.
