O primeiro-ministro desdramatizou a substituição do Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), alegando que havia um entendimento para uma saída das funções antes do fim do mandato. "Havia um entendimento de uma saída antes do termo do mandato e, neste momento em que temos novas leis orgânicas a entrar em vigor, em breve, pareceu ao Governo, e o Presidente da República concordou, que era altura de proceder a esta alteração", afirmou Costa em declarações à CNN Portugal. Segundo as palavras transmitidas pela estação de televisão, o chefe do executivo nada mais adiantou sobre a substituição do almirante Mendes Calado pelo vice-almirante Gouveia e Melo, indicando ter tentado telefonar esta sexta-feira ao CEMA cessante e que tal não foi possível. "Tentei falar com ele por telefone, mas não foi possível, mas queria sublinhar que o país deve estar-lhe muito reconhecido pelo grande trabalho que o senhor almirante [Mendes Calado] desenvolveu", sublinhou. As palavras de Costa coincidem com as proferidas hoje também pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que defendeu ser este "o momento" para substituir o CEMA e considerou que Mendes Calado quis "marcar a sua posição" e dizer que não pediu o afastamento. Na segunda-feira, Rebelo de Sousa vai dar posse ao quarto CEMA (o vice-almirante Gouveia e Melo) desde que é chefe de Estado, considerando que isso "mostra que o Presidente, o comandante Supremo das Forças Armadas, acaba por interferir muito, sempre sob proposta do Governo, em matéria de nomeação e recondução".PUB
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