www.guimaraesdigital.com | A peregrinação à Cova da Iria já estava organizada. 121 pessoas deveriam acompanhar Joaquina Mendes, a vimaranense residente na Rua do Outeiro, em Matamá, na freguesia de Infantas, que é guia de peregrinos e orienta quem a procura na caminhada até Fátima.
A decisão foi difícil, mas devido aos riscos e restrições, a jornada de fé prevista para assinalar o 13 de Maio foi adiada e não chegou a concretizar-se devido à pandemia da Covid-19.
"Este ano, tinha vontade de ir a pé, todo o caminho, andava a pedir a Deus para me dar força para ir e eu sentia essa força, mas foi Ele que não quis que nós fossemos", observa, sorrindo, comentando: "As pessoas queriam ir na mesma. Nós é que dissemos que não podia ser! E não vamos... Ficaram tristes! E então vamos ver se poderá ser em Outubro! Mas, em Outubro também é muita gente. Eu preferia ir num outro mês em Agosto ou Setembro, mas ainda não conversei com eles. Só daqui para a frente vamos saber o que vai acontecer".
Para evitar o perigo de contágio e proteger a saúde, a peregrinação é feita agora à distância, numa espécie de caminhada espiritual diária, em que as redes sociais aproximam na oração aqueles que previam estar juntos em direcção a Fátima.
"Acho que nunca rezei tanto na minha vida! Todos os dias eu rezo o Rosário, três terços. É isso que queria pedir aos peregrinos de Nossa Senhora, que rezassem o Rosário todos os dias, para alcançar esta Paz... Foi o que Ela pediu há 100 anos", diz, indicando que tem sido através da oração e da iluminação proporcionada por uma vela que coloca à janela que tem cumprido a sua jornada de fé.
"Quando tudo ficar bem, quando as autoridades permitirem que as pessoas se juntem numa peregrinação como a nossa, será possível caminhar novamente até à Cova da Iria", manifesta, confiante, insistindo que para já "rezar serve de consolo para à distância, no silêncio, expressar a gratidão pelas graças alcançadas".
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