José Ventura nasceu no ano de 1960, na vila de Montelavar, concelho de Sintra, local onde passou a sua infância. Vivia perto do campo e os seus avós tinham animais de criação, por isso sempre teve grande liberdade e contacto com a natureza. Foi criado nesse meio até ao falecimento do avô materno, que a o núcleo da família. Nesse momento decidem emigrar para França e começar uma vida nova. “Eu vim juntamente com a minha mãe e a minha irmã, mais nova, a salto”. Já em França, continuou na escola a muito sacrifício, sem saber falar francês. Fez um CAP (Certificado de Aptitude Profissional) como serralheiro civil, área que escolheu não prosseguir, porque acabou por se instalar com um sócio no ramo do calçado. Quando o seu primeiro sócio foi morar para o Brasil, José associou-se a um dos seus fornecedores e manteve a empresa, que ainda hoje dirige, a MENPORT, especializada na venda para revenda de calçado. “Comecei nos sapatos em 1985, tinha 25 anos, foi uma vida de muito sacrifício, tinha sido pai à pouco tempo. Não éramos muito conhecidos, e fazer o nosso lugar no mercado foi complicado. Hoje temos mais de 30 anos de casa, somos reconhecidos pela qualidade e seriedade no trabalho”.
José caracteriza-se como alguém com o certo excesso de ambição, o que o levou a dar propriedade ao seu trabalho sobre a sua vida pessoal, algo que de certa forma lamenta. Diz-se uma pessoa fácil de lidar, e julga que a sua maior qualidade seja talvez a franqueza. Estar com a sua família e tentar viver o melhor possível com as pessoas com quem convive é algo de muito importante para si. Sempre sonhou em conseguir deixar algo de bom para as filhas, fruto da educação que teve, e sente que o conseguiu. “Estamos de passagem, mas sempre fui ambicioso em criar a minha própria empresa, ser dono de mim próprio, com muita luta”. José não abdica da seriedade em tudo na vida e de ser bom para os outros.
Faz parte da Academia do Bacalhau de Paris, sendo um dos membros mais antigos, sempre gostou de conviver e ajudar o próximo. Também apoia instituições francesas também ligadas a doenças. Diz também que não abdica de forma alguma das suas férias em Portugal.
Considera que os portugueses se têm, ao longo do tempo, afirmado como um povo sério, trabalhador e pontual, “qualidades que são reconhecidas em qualquer parte do mundo. Para mim ser português é ser reconhecido pela honestidade e ser amigo do próximo.
Sou muito patriota, gosto muito de Portugal, tenho lá casa, vou assim que posso. Uma das minhas filhas já vive lá. Gostava que todos os portugueses fossem orgulhosos daquilo que somos. Temos pessoas de muito valor, somos reconhecidos pela nossa seriedade no nosso trabalho”.
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