1ª parte da entrevista de Cláudia Barbosa com o escritor Mário Prata - programa "Pelas Ruas da Minha Cidade" - TV Câmara de Florianópolis (Canal 16 da NET e 20 da TVA).
"Ele já fez de tudo. Como escritor, se envolveu em todos os setores que a atividade pode abordar: teatro, cinema, literatura, televisão. Para Mario Alberto Campos de Morais Prata, escrever é uma profissão séria como outra qualquer, mas não deixa de ser um grande prazer.
Até integrar por nove vezes a lista dos "mais vendidos" e, muitas vezes, liderá-la, Mario Prata passou por algumas provações. O caminho começou em Uberaba (Minas Gerais), onde nasceu. Ele viveu a infância e juventude em Lins (interior de São Paulo), e lá descobriu os prazeres da literatura. "Eu sempre gostei de escrever mas, naquela época -- anos 50, 60 -- não imaginava que isso pudesse ser uma profissão. Não tive uma formação para ser escritor, acho que fui educado para ser gerente do Banco do Brasil".
Seguindo o destino, aos 20 anos, Mario Prata foi gerenciar uma agência em São Paulo e preparar-se para o "futuro garantido" que a função lhe ofereceria. Mas o amor pela escrita não foi abandonado. Desde os 14 anos, ele colaborou com a Gazeta de Lins, onde foi colunista social, redator e editor.
Enquanto estava no banco, cursava economia na Universidade de São Paulo (USP). A literatura já estava ficando de lado quando, em 1969, os estudantes ocuparam a faculdade. "Mas não sabíamos o que fazer lá dentro, aí fiquei numa máquina de escrever, criando meu primeiro livro -- "O morto que morreu de rir" -- que, aliás, é muito ruim, e o Centro Acadêmico publicou". Empolgado, saía vendendo sua obra em bares e, nas negociações, foi conhecendo pessoas ligadas ao teatro. No ano seguinte, mais maduro, escreveu sua primeira peça, "Cordão Umbilical", que fez sucesso imediato. "Se não tivesse dado certo, eu estaria hoje, provavelmente aposentado no Banco do Brasil ou seria Ministro da Fazenda do Fernando Henrique", brinca, viajando com as possibilidades do destino."
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