Um pouco do roteiro:
O Tajiquistão tem problemas em suas fronteiras, no solo e na economia.
E esse é considerado o país mais opressor do mundo.
Entre suas rígidas regras estão proibições como:
É proibido deixar a barba crescer,
É proibido fazer festas de aniversário,
É proibido se formar na faculdade,
É proibido se casar.
Os aniversários, formaturas e casamentos precisam ser eventos silenciosos, sigilosos e principalmente sem festas.
Mas estamos longe de te mostrar porque o Tajiquistão é o país mais opressor do mundo.
Então vamos ver mais algumas proibições.
É proibido chorar em funerais,
É proibido usar roupas americanizadas,
É proibido escolher o nome dos filhos, você precisa escolher o nome que está na lista do governo.
É proibido o uso de drones.
É proibido ter dentes de ouro.
E o fato que mais chama a atenção em todo o mundo, é que é terminantemente proibido comemorar o natal, em todo o território nacional do Tajiquistão.
Mas por que esse país se tornou o mais opressor do mundo?
O Tajiquistão está localizado na ásia central.
Ele não possui saídas para o mar e faz fronteira com outros 4 países.
Sendo eles: Quirguistão, Uzbequistão, Afeganistão e China.
A fronteira com o Quirguistão é uma das mais problemáticas, pois ela possui dois enclaves.
Isso significa que o país possui dois territórios fora da sua área e dentro de outro pais.
A fronteira mais pacífica é com o Uzbequistão, já que os dois povos desses dois locais se entendem melhor do que o restante na região.
Os limites do Tajiquistão não são muito antigos, sendo definidos em 1929.
Esses limites territoriais foram traçados na época da União Soviética.
E aqui está o corredor Wajan, o ponto geopolítico mais importante dessa região.
Essa parte do Afeganistão vai até a China e consequentemente impede que o Tajiquistão tenha fronteiras com o Paquistão que fica logo abaixo.
A pouco tempo atrás nenhum desses países possuía sua própria independência.
Pois a região era polarizada entre domínios Russos e domínios britânicos.
O corredor de Wajan ficava entre esses dois grandes domínios e fazia a divisão de fronteira entre eles.
Dessa forma, essa parte do Afeganistão deveria servir de ponto neutro entre os dois domínios.
E essa região sempre foi conhecida por abrigar conflitos intermináveis.
Algum tempo depois, em 1991 o Tajiquistão se tornou um país independente. Graças a dissolução da União Soviética.
Os 6 primeiros anos pós independência não foram nada bons para o povo que vivia nessa região.
O país passou por uma guerra sem precedentes que durou de 1992 até 1997.
E mais de 100 mil vidas foram levadas em nome desse combate.
Após a independência e após a guerra o povo do Tajiquistão esperava para finalmente ter a sua liberdade e independência.
Mas essa não é uma história com um final feliz.
Um líder finalmente foi escolhido, seu nome é Emomali Rahmon, e ele é um típico presidente vitalício.
O presidente Emomali assumiu seu cargo em 1994 e está no mesmo cargo há quase 30 anos.
O governo do Tajiquistão afirma que o líder Emomali foi reeleito honestamente com a maior parte dos votos, e alega que nunca houve fraude.
Mesmo o presidente sendo reeleito há mais de 28 anos seguidos e quase sempre com mais de 90% dos votos válidos.
E esse homem é o responsável por idealizar as proibições que tornam o Tajiquistão o país mais opressor do mundo.
Apesar de ficar subentendido, é proibido para o povo eleger outro governante.
E como ele estava cansado de concorrer às eleições e sempre vencer com a maioria dos votos, ele decidiu reescrever as lei políticas e estender o mandato no país.
Então o tempo de duração do mandato presidencial foi alterado para 7 anos.
Outra grande alteração foi determinar que a reeleição poderia acontecer por tempo indeterminado.
Como ele é o único presidente da história do Tajiquistão, ele criou regras para se manter no seu cargo, enquanto estiver vivo.
E esse presidente é adepto ao culto à personalidade.
Em praticamente todos os locais do país é possível encontrar banners com o rosto do presidente.
E assim ele se aproximou das loucuras que são feitas no Turcomenistão.
Onde o culto à personalidade é uma cultura muito mais forte.
Em 2011 o Tajiquistão ergueu a maior bandeira nacional do mundo, quebrando um recorde mundial e gastando mais de
3,5 milhões de dólares.
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