Definição de desenergização
O sistema elétrico periodicamente precisa receber manutenções preventivas e corretivas. Mas muitas vezes o sistema não pode ser completamente desligado. Uma forma de realizar as atividades necessárias, com o mínimo de riscos possíveis é através da desenergização. Contudo, não se trata de um simples desligamento do sistema. Mas é a supressão da energia na instalação, tornando-a mais segura. Por isso, o trabalho em instalações desenergizadas é definido como “trabalho sobre tensão”.
Antes de mais nada, é importante conhecer as normas regulamentam a segurança e prevenção de acidentes. Você sabe o que é Nr10? . A NR10 diferencia uma instalação desligada de uma desenergizada. A instalação energizada é aquela em que existe uma tensão igual ou superior a 50 volts em corrente alternada, ou superior a 120 volts em corrente contínua. Além de eliminar a tensão no sistema, a desenergização impede a energização acidental ou energização por fatores naturais.
A desenergização de um sistema é o resultado final de um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e controladas, destinadas a garantir a ausência de tensão no circuito, durante todo o tempo de intervenção e sob o controle dos trabalhadores envolvidos. Contudo, para serem consideradas desenergizadas e liberadas para o trabalho, é necessário que os processos sejam respeitados e realizados em ordem.
Primeiros passos da desenergização
Primeiramente, deve ser delimitada e sinalizada a área de serviço. Para isso devem ser utilizados cones, fitas e outras barreiras. Em sequência, o planejamento da atividade deve ser definido. Da mesma forma os EPI e EPC, o ferramental e os materiais de serviço. Por fim, para poder realizar a atividade em segurança, deve ser feito o pedido de bloqueio do religamento automático ao Centro de Operação e Distribuição (COD).
1. Seccionamento
O seccionamento é o ato de promover a descontinuidade elétrica total, com afastamento adequado entre um circuito e outro. Ele é obtido mediante o acionamento de dispositivos apropriados – como uma chave seccionadora, um interruptor ou um disjuntor. Ele é feito por meios manuais ou automáticos, e também através do ferramental apropriado e procedimentos específicos. É importante observar qual é a função do circuito no sistema que é seccionado, assim como compreender que seccionar não é o mesmo que desligar.
2. Impedimento de reenergização
O mais importante para a segurança durante a realização dos trabalhos é que o sistema seja mantido completamente desenergizado. Essa etapa da desenergização é o estabelecimento de condições que impedem a reenergização do circuito. Com isso, o controle do seccionamento é assegurado.
Na prática, trata-se da aplicação de travamentos mecânicos no sistema. Ele é feito por meio de fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares, ou com sistemas informatizados equivalentes que impedem a energização acidental. É muito importante impedir que terceiros possam religar acidentalmente o circuito onde se trabalha.
Da mesma forma, o processo de desenergização deve ser sempre programado e amplamente divulgado. Assim, o risco de transtornos e possíveis acidentes é reduzido.
3. Constatação da ausência de tensão
A constatação da ausência de tensão, é uma das etapas mais importantes de todo o processo. É nela que se constata a efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico. Ela deve ser feita com instrumentos de medição dos painéis ou instrumentos detectores de tensão. Todos os equipamentos devem ser testados antes e após a verificação da ausência de tensão. A verificação é feita por contato ou aproximação, de acordo com procedimentos específicos.
Testar os equipamentos antes e depois do uso garante seu funcionamento durante a atividade. O teste deve ser feito em um local energizado, depois em local que foi desenergizado. Assim que constatada a ausência de tensão, o teste deve ser realizado novamente em local energizado, assim você pode verificar se ele não foi danificado durante o processo.
4. Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos
Após finalizar os processos de desenergização, um condutor do conjunto de aterramento temporário deverá ser ligado a uma haste conectada a terra. Assim, você reduz os riscos relacionados à energização do sistema durante a realização dos trabalhos. Pois, o risco aumenta no atrito dos trabalhadores e dos equipamentos com o sistema.
Além disso, é importante sempre realizar as atividades de trabalho entre dois pontos devidamente aterrados, de forma a minimizar os riscos.
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