Arlindo dos Santos nasceu na aldeia de Cepelos. Cresceu no Norte de Portugal, no concelho de Vale de Cambra, mas tal como muitos portugueses, veio para França ainda jovem. “Precisava de arranjar trabalho” e, por isso, começou na área da construção, nos revestimentos de fachadas. Em abril de 1987, decidiu fundar uma empresa e aventurou-se por conta própria. A “Entreprise dos Santos Arlindo” começou apenas com três empregados determinados e com vontade de avançar. Com o tempo, o negócio evoluiu e actualmente o empresário é presidente do grupo DSA.
Com mais de 600 funcionários e uma estrutura que poucos atingem, este grupo reúne um portfólio composto por 10 empresas que cobrem todo o território francês. Dedica-se essencialmente à criação de fachadas em construções, ao isolamento térmico exterior e à renovação interior e exterior. Abrange tanto os materiais convencionais, como o gesso, a pintura, o tijolo, ou argila, como técnicas mais modernas, tais como o isolamento térmico do lado de fora ou de renovação de energia. O empresário recorda que “foi evoluindo pouco e pouco”. Em 2004, a empresa abandonou a sede localizada na cidade de Cachan, no departamento Val-de-Marne e mudou-se para Chilly-Mazarin. Actualmente, o grupo DSA tem novas instalações situadas em Massy, nos arredores de Paris.
O empresário está convicto que “só a coragem e a vontade das pessoas é que podem mudar a vida”. Arlindo é determinado e teve talvez a coragem necessária para avançar. “É preciso trabalhar, ser sério e sofrer certos riscos porque nem sempre tudo é dado”, afirma. O empresário já teve alguns percalços, já conheceu o reverso da moeda, mas hoje colhe os frutos. “Foi difícil fundar a empresa, passar por aquelas dificuldades, mas hoje estou contente”, confessa. Quando está a falar do seu trabalho, nunca esquece os funcionários. Muitos deles já somam mais de 20 anos de casa e são “quase família”. “Eu gosto de os ter do meu lado porque foi com eles que eu consegui chegar até aqui”.
Aos 53 anos, descreve-se como “uma pessoa discreta” e “séria”. Desvia-se das câmaras, não procura protagonismo, embora o mereça. Lembra que “a vida pode ser curta” e, por isso, não pede nem espera muito mais do futuro. “Amanhã espero consolidar o que eu fiz até hoje”, disse à Lusopress. Durante 30 anos, construiu um grupo sólido no estrangeiro, mas ainda tem saudades da terra onde nasceu. Arlindo dos Santos afirma que a França tem o seu respeito, mas Portugal pode contar sempre com o seu patriotismo. “O meu hino será sempre o português”.
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