Era a noite de 17 dezembro de 1989. Na TV americana, a recém-criada rede Fox estreava seu primeiro desenho animado em horário nobre. Parecia um desenho comum: uma família engraçadinha – mãe, pai e três filhos – se metia em encrencas nos preparativos para a noite de Natal. Até o nome da série soava como repetição de Os Flintstones ou de Os Jetsons… Mas o cheiro de passado sumiu logo nos primeiros minutos. Estava na cara amarela, nos olhos esbugalhados e nas mãos de quatro dedos que aquele desenho era diferente: quando Marge promete levar os pedidos de presente dos filhos ao Papai Noel, Bart diz que “só tem um gordo que nos traz presentes, e o nome dele não é Noel”. Homer, o gordo em questão, rouba a árvore de Natal da família do meio de uma floresta. Para descolar uns trocos, o paizão imita o bom velhinho num shopping e deixa o filho emocionado: “Você deve mesmo nos amar para descer tão baixo!” O humor politicamente incorreto segue por meia hora, mas nem tudo é riso: há suspense, emoção e até um final feliz (é Natal, né, gente?) – mas sem lição de moral. Não era um desenho comum. Era a estréia de Os Simpsons, o desenho mais importante de todos os tempos.
Texto: www.super.abril.com.br
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