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Antes de começar, saiba que este conteúdo aqui foi baseado no texto "The Not So Wild, Wild West" do Mises Institute, e que deu origem a um livro. O link está aí na descrição do vídeo. Traduzindo, é: "O oeste selvagem, não tão selvagem". O termo "velho oeste" se refere a eventos históricos que ocorreram durante a expansão da fronteira dos Estados Unidos da América em direção à costa oeste, principalmente na segunda metade do século XIX. Até então, só a costa leste era povoada pelos americanos. Era uma faixa de terra relativamente pequena entre o rio Mississippi e o oceano Atlântico. A descoberta de ouro na Califórnia, lá no distante outro lado do país, em 1848, acelerou o processo de expansão da fronteira. Nessa evolução, as pessoas avançavam para o oeste à procura de oportunidades, de riqueza e de liberdade. Certamente, muitas das concepções que habitam o imaginário popular atual, sobre os acontecimentos da época, se devem aos filmes de Hollywood do gênero "western", que contaminam a nossa percepção. Esses filmes mostram uma verdadeira terra sem lei – com muita violência, assassinatos e roubos a banco. Um desrespeito generalizado aos direitos naturais. Mas, olhando mais profundamente nas condições de então, estimula a duvidar dessas concepções superficiais. No livro "Frontier Violence: Another Look", o historiador texano William Eugene Hollon escreve que "a fronteira oeste era muito mais civilizada, mais pacífica, e um local mais seguro que a sociedade americana de hoje". Os homicídios eram incomuns, e a violência era exceção, mesmo nas grandes cidades que se formavam em torno da criação de gado. Os registros de assaltos a banco da época são muito raros – muito menores em comparação aos que são registrados atualmente. Mas então como e por que a lei e a ordem predominavam? Os estatistas de plantão atribuem essa civilidade toda à presença de representantes do governo federal (prefeitos, xerifes e juízes). Porém, nós Libertários sabemos que as coisas não são bem assim. No velho oeste, a presença do estado era muito fraca. À época, foram criadas instituições privadas e de participação voluntária, cujo fim era garantir que os direitos de propriedade fossem respeitados.
