Aconteceu hoje nas Filipinas uma coisa muito grave. Duterte é presidente há apenas três meses. É um desqualificado, pela quantidade dos absurdos que ele já falou. Quando começava a campanha eleitoral, teve a ousadia de xingar a mãe do papa Francisco. Só porque o papa provocou congestionamentos quando visitou o país dele. Depois de tomar posse, Duterte xingou a mãe de Barack Obama, porque o presidente dos Estados Unidos criticou, com palavras muito duras, os esquadrões da morte que atuam impunimente nas Filipinas. Nesses últimos três meses, foram assassinadas mais de 1.100 pessoas. Os esquadrões da morte também foram condenados pelo Parlamento Europeu. E como é que Duterte reagiu? Ele fez um sinal obsceno com o dedo. A Filipinas são um país sofisticado, com intelectuais respeitáveis, com uma classe empresarial de boa qualidade. Mas é um país com uma política muito ruim. Lembrem-se da ditadura de dez anos Ferdinand Marcos, nos anos 70. E da mulher dele, Imelda, que se orgulhava de uma coleção de 3 mil pares de sapatos. As Filipinas têm a metade da população do Brasil. São um arquipélago no meio do Oceano Pacífico. Foram uma colônia espanhola até o finzinho do século 19. Depois passaram para as mãos dos Estados Unidos. A independência veio com o fim da Segunda Guerra. Era um país cortejado pelos americanos durante a Guerra Fria. Uma espécie de escudo, caso chineses ou russos chegassem pelo mar para invadir a California. Essa vantagem desapareceu. E agora vem esse presidente com a língua solta. Ele foi prefeito de uma das maiores cidades das Filipinas. E deixou como legado a ação de esquadrões da morte, que exterminavam traficantes e viciados em maconha e cocaína, verdadeiros ou imaginários. Deve ter sobrado para muito adversário políticos. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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