PÍLULA DO DIA SEGUINTE: USO DE CONTRACEPTIVOS DE EMERGÊNCIA ENTRE ESTUDANTES DO CURSO DE E
PIBIC - CEUB: PÍLULA DO DIA SEGUINTE: USO DE CONTRACEPTIVOS DE EMERGÊNCIA ENTRE ESTUDANTES DO CURSO DE ENFERMAGEM. (id: 650c44843f64fc620da837b6)
Saúde e Vida - Enfermagem
A anticoncepção de emergência é definida como um método contraceptivo hormonal que evita a gravidez indesejada após a relação sexual desprotegida, consiste no método ideal para prevenir a gravidez em situações de violência sexual, relação sexual desprotegida ou
quando ocorre a falha conhecida ou presumida na utilização do contraceptivo de uso regular. Tratando-se de um método contraceptivo de emergência, foi possível evidenciar que a falta de orientações relacionada a utilização do contraceptivo de emergência ocasiona o uso exacerbado do método, contribuindo para a redução do potencial de ação, alterações no ciclo menstrual e alterações encefalovasculares. Tendo em vista o aumento na frequência da utilização do método nos últimos 10 anos, as pesquisas evidenciaram que este fato está relacionado com a automedicação, em virtude do fácil acesso do contraceptivo de emergência devido a isenção de prescrição para a compra do método.
Trata-se de um estudo descritivo e transversal de abordagem quantitativa que utilizou dados secundários, oriundos de uma pesquisa de maior magnitude, que teve como objetivo analisar a frequência do uso de contraceptivos de emergência entre universitárias e identificar as razões que levaram as participantes a fazerem o uso do método. As participantes da pesquisa foram estudantes do curso de Enfermagem, com idade igual ou superior a 18 anos, que utilizaram a contracepção de emergência em 2022. Para a seleção das participantes foi utilizado a técnica “Bola de Neve”, que consistiu em realizar a liberação semanalmente do formulário através do e-mail e WhatsApp®, a coleta de dados foi executada através de questionário composto por 16 questões. As universitárias participaram do estudo após aceitarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), após a coleta de dados foi realizado análise para interpretação e análise de resultados.
A pesquisa foi realizada com 69 estudantes de enfermagem. No que tange o perfil sociodemográfico, 52 % das participantes estavam na faixa etária de 22 à 25 anos. Com relação ao semestre, 56,5% foram estudantes do 7º ao 10º semestre. 64% das universitárias relataram não ter utilizado o método nos últimos 12 meses, 29% utilizaram o método uma ou duas vezes no período de 12 meses e 7% utilizaram o método quatro vezes ou mais. Com base
nos resultados encontrados, 65% das entrevistadas utilizaram o método devido a relação sexual desprotegida. Outra variável está relacionada com a indicação do método, observou-se nesta variável que 34,8% das estudantes realizaram a automedicação. As participantes do estudo foram questionadas a respeito dos riscos da anticoncepção de emergência, 88% das entrevistadas responderam que o método causa alterações no ciclo menstrual, 78% afirmaram que pode ocasionar alterações encefalovasculares e 36% responderam que trata-se de um método abortivo.
Buscou-se identificar a frequência da utilização do contraceptivo de emergência no ano de 2022 e associar as razões que levaram as participantes do estudo a fazerem o uso do método, correlatando aos riscos da anticoncepção de emergência quando utilizada de maneira
constante. Apesar de o estudo ter sido realizado com estudantes do curso de Enfermagem e, esperando-se que os resultados apontassem um conhecimento prévio capaz de identificar os riscos do uso constante da contracepção de emergência, a análise dos dados demonstrou lacunas que requerem atenção quanto à implementação do autocuidado quanto ao método e realizaram automedicação, o que pode resultar em eventos adversos relacionado ao uso indiscriminado da anticoncepção de emergência.
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