O ex-ministro José Dirceu tinha sido solto provisoriamente na terça-feira passada por uma decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), da qual faz parte o ministro Dias Toffoli, também relator desse caso.
Na sentença, os magistrados não estabeleceram nenhuma medida restritiva a essa liberdade. O juiz Sérgio Moro impôs o uso da tornozeleira eletrônica e proibiu o ex-ministro de deixar o país e se comunicar com outros acusados e testemunhas no processo que responde.
Como resposta à decisão, o ministro Dias Toffoli, mesmo estando de recesso e sem ter recebido nenhum pedido da defesa, decidiu cassar essa determinação de Moro. O entendimento foi de que Moro desrespeitou a ordem do Supremo, por isso, foi devolvida ao ex-ministro a liberdade plena, sem nenhuma restrição, até que o STJ julgue o recurso apresentado pelos advogados de Dirceu.
O procurador da Lava-Jato, Deltan Dallangol, não aprovou a determinação do ministro Dias Toffoli e pelo twitter disse que a imposição das medidas cautelares seria consequencia natural da decisão tomada pela 2ª Turma e deu a entender que o ministro agiu por interesses pessoais pra beneficar o ex-ministro, com quem ja tinha trabalhado.
Dirceu foi condenado a 30 anos e 9 meses de prisão, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa na operação Lava-Jato e já tinha começado a cumprir a pena estabelecida. Agora, ele deverá permancer livre até que a Justiça decida sobre o caso.
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