Veja quais as opções de herbicidas para manejo de plantas daninhas em trigo e alguns cuidados a serem observados para o controle efetivo de plantas daninhas como aveia e azevém. Relembrando sobre a importância do diagnóstico da área para o correto posicionamento.
Fazer um correto diagnóstico do problema. Conhecer o histórico da área. Conversar sobre quais tem sido as principais dificuldades de manejo, quais os produtos utilizados em anos anteriores. Tem presença de nabiça resistente a Ally, a Hussar? o problema é azévem?
Lembre que se você fez um milheto, nabo pré-trigo, isso já vai ter lhe ajudado a segurar a sementeira das plantas daninhas.
Dois pontos importantes: Período crítico de competição vai dos 10/12 dias após emergência até os 25/30 dias.. esse é o período que o trigo tem que estar livre de plantas daninhas.
Momento de aplicação - Aveia e azevém com 2-4 folhas. O que eu tenho visto acontecer é que o produtor atrasa a entrada, para deixar o fluxo de emergência das plantas daninhas se manifestar e aplicar um vez apenas...
Eu entendo que o custo de manejo de aveia e azevém seja caro comparativamente a outras culturas... produtor vai gastar hoje mais de R$ 110 Reais por ha para manejo com Topik, Hussar, tricea, mas veja, esses produtos, mesmo com aumento de dose, apresentam baixa eficiência em plantas com 2 ou 3 perfilhos já.. então, elas ficam suprimidas no dossel por um período e depois retomam crescimento, produzindo sementes e agravando o problemas para as próximas safras... não estou dizendo que isso é regra, mas que para os casos aonde a infestação é muito grande, é bem possível que o produtor tenha que fazer duas aplicações para um melhor manejo das plantas daninhas de aveia + azevém.
As plantas daninhas de folha largas são mais fáceis de serem manejadas.. Chamo atenção aqui porque alguns produtores utilizam Ally já na dessecação pré-semeadura do trigo (as vezes em uma dose mais alta para controlar o soja guacho - 8/9 gr ha) e depois utilizam novamente na limpa do trigo em doses que podem chegar no somatório a 20 g ha. Isso depois, tem causado uma fito oculta na soja semeada na primavera... porque o periodo residual do Ally é de 70-80 dias, mas quando se tem o sobreuso e em doses mais altas, esse período aumenta. Então, recomenda-se que se faça apenas uma aplicação do Ally... pode-se utilizar 2,4-D na dessecação da soja pré-trigo junto com glyphosato e depois se utilizar o Ally, que tem como vantagem segurar a sementeira de buva também..
Se for utilizar 2,4-D como uma opção para manejo de folhas largas (nabiça resistente a Ally e Hussar por exemplo), cuide para posicionar entre o perfilhamento e o primeiro nó visível.. quanto mais tarde entrar, maior a chance de ocorrer fito. Nesse caso, uma opção seria o agritone, que também apresenta bom controle sobre folhas largas.
O que está vindo de novo por aí é o trigo Clearfield, um exemplo é o TBIO capricho que tem resistência ao herbicida Raptor e vai ajudar no manejo de azévem resitente a Hussar, por exemplo. Mas lembre, que você deve utilizar estes materiais em 25/30% da área no máximo para evitar pressão de seleção e surgimento de resistência.
Ultima dica. Cuide para aplicar em temperaturas acima de 10 graus e uma boa luminosidade.. ai as plantas daninhas irão estar ativas e a translocação do produto será melhor..
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