"Viva a Liberdade" é o nome de um grande filme. Toni Servillo brilha interpretando um líder da esquerda.
Ficção sobre a história recente e erros da esquerda na Itália, metáfora que serve também ao PT, e ao Brasil.
Em crise, o líder se manda para França e silencia. Recém- saído do hospício, seu irmão gêmeo assume a liderança em segredo. A primeira mensagem é:
-Parem de tingir o cabelo.
Em seguida ele cobra o eleitorado:
-Se os políticos são medíocres é porque os eleitores são medíocres. Se partidos são corruptos, eleitores também são, ou gostariam de ser.
Um jornalista afirma que seu jornal é "independente". Ele responde: "Sim, diz ser independente na capa... e a partir dai já começou a mentir".
O líder discursa:
-(...) Catástrofe. A sociedade parece não ter outro programa que não seja viver à beira do abismo, temos catástrofes reais... e presumidas.
Ao seu partido, de esquerda, ele aponta o grave erro:
-Devemos ser os primeiros a parar com os maus hábitos. Fomos muito brandos, incertos, indecisos, vazios e disponíveis. Em uma palavra, cúmplices.
"Cúmplices" dos que antes, e desde sempre, fizeram o mesmo.
O líder prossegue no alerta:
-(...) Que amanhã não se diga que o tempo ficou escuro porque nos calamos.
Ele bate nas alianças:
-É lícito aliar-se com o diabo? O diabo aliou-se também aos nossos adversários. Consenso é coisa séria, não tem a ver com alianças. A única aliança possível é com o povo.
Numa cena real sobre a Itália de Berlusconi, o cineasta Fellini brada. Nesse brado caberia o Brasil dos que defendem ditadura, tortura e ameaçam com estupro.
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Fellini diz, sem esconder o asco:
-Esta agressão contínua, esta vilania bárbara. Como respeitar a si mesmo com estas contínuas bofetadas, com cuspidas na cara e insultos?
Esse grande filme/metáfora de Roberto Andò defende a Liberdade. Contra o vale-tudo, a ignorância, a burrice e a barbárie.
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