[ Ссылка ] No dia 21 de março, depois de 30 anos de sangrentos combates, o líder dos separatistas do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, emitiu um comunicado da prisão onde se encontra, com mais um cessar-fogo unilateral mas, desta vez, acompanhado de uma promessa inédita:
Um membro do parlamento pró-curdo, transmitiu a mensagem:
"Entrámos na fase adequada para os nossos guerrilheiros retirarem de território turco."
Esta quarta-feira era o dia fixado para a operação, mas a maioria dos guerrilheiros, logo depois do anúncio, iniciou a retirada para a cordilheira montanhosa do Iraque, para evitar possíveis ataques e sabotagens da operação.
Em território turco, havia cerca de dois mil separatistas armados do PKK. No total contabilizar-se-iam entre 5000 e 6000, sempre em torno do Monte Quandil no Iraque, em vários acampamentos.
O conflito curdo na Turquia fez mais de 45 mil mortos, segundo o exército turco, desde o início da insurreição armada do PKK, em 1984. Em 95, as forças armadas turcas tentaram acabar com esta rebelião e destacaram 30 mil soldados para território iraquiano. O conflito obrigou ao exílio de mais de dois milhões de pessoas, ou mesmo três milhões.
Mas as tropas de Abdullah Ocalan não esmoreceram. O objetivo era conseguir a independência dos territórios de maioria curda. Hoje, o PKK reclama apenas autonomia, amnistia para os combatentes e a libertação do líder, detido em 1999. Condenado à morte, Ocalan viu a pena comutada em prisão perpétua em 2002. Mesmo atrás das grades, continua a ser o líder incontestado e é ele quem decide todos os passos dos ativistas curdos.
O analista Umit Firat adianta:
"Durante as negociações, é possível que lhe tenham proposto algo e também é possível que Ocalan tenha garantido que virava a página militar em troca de não passar o resto da vida na prisão. Claro que ele deve ter esperanças nesse sentido e que houve conversações sobre o assunto."
Se a retirada do PKK é histórica, a questão agora é o futuro do movimento e se esta retirada significa o fim das hostilidades. Do ponto de vista dos separatistas cabe agora a Ankara dar o próximo passo.
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