ILHA DO SAL, Cabo Verde
A menos de 600 quilómetros da costa africana a pequena ilha do Sal, com apenas 30 quilómetros de comprimento e 12 quilómetros de largura, uma das 10 que compõem o arquipélago de Cabo Verde, foi o lugar escolhido para uns relaxantes dias de praia.
Ao seu bom clima, às suas águas cálidas azul-turquesa e aos e extensos areais, junta-se a boa comida que mantém a tradição colonial portuguesa mas com condimentos da cozinha crioula e acima de tudo a simpatia, a gentileza e a hospitalidade de um povo que faz jus à palavra local “morabeza”!
A morabeza está para os cabo-verdianos como a saudade está para os portugueses, não se explica, sente-se! A morabeza está na filosofia de vida dos cabo-verdianos, descontraídos, amáveis, disponíveis e alegres.
Cientes, no entanto, que “Sal” e “vento” por aqui são quase sinónimos, escolhemos a praia de Santa Maria, que por ter a cidade a fazer de barreira é a menos exposta. Além disso, os seus três quilômetros de areia branca são banhados pelo mar mais calmo e translúcido da ilha!
No Pontão juntam-se pescadores, turistas e muitas crianças… é para aqui tudo conflui!
É daqui que partem e regressam os barcos com as pescas do dia… O peixe é rapidamente descarregado para carrinhos de mão e baldes para ser pesado, arranjado e vendido.
Sob as tábuas de madeira do pontão, alguns guarda-sóis coloridos protegem do sol escaldante as mulheres, de maneira totalmente improvisada, vão-se dividindo entre o amanho do pescado acabado de chegar e seus bebés, que insistem em querer atenção.
A pescaria é ali mesmo habilmente esquartejada pintando de vermelho as tábuas de madeira do pontão e deixando no ar um odor piscícola a condizer!
Tudo é aproveitado…o que não é logo vendido aos funcionários dos hotéis e restaurantes locais segue para os mercados da vila e as partes não comestíveis são ali mesmo convertidas em isco.
Enquanto isto, nas laterais do pontão, assiste-se aos saltos das algumas crianças para a água que fazem um verdadeiro show de piruetas.
Abandonamos por umas horas as areias douradas e as águas cristalinas rumo às paisagens áridas e à terra infértil e para sentir de perto esta terra de opostos em que os hotéis à beira mar contrastam as barracas de Terra Boa, em que o dia a dia dos turistas em férias contrasta com a dura realidade da rotina diária dos pescadores e de um povo que apesar da aparente paz e a tranquilidade tem uma vida longe de ser fácil.
Começamos por parar nas Salinas de Santa Maria que, apesar de inativas desde o final do século XX, salvo aproveitamentos ocasionais para o consumo local, preservam o seu valor histórico e cultural além da conservação da paisagem que geram uma vez que todo o seu perímetro é Paisagem Protegida,
Fomos depois até Pedra de Lume no Norte da ilha: aqui, dentro da cratera de um vulcão extinto, cerca de um quilómetro de raio, encontramos um lago, situado abaixo do nível do mar, carregado de sal.
Continuamos a visita pela ilha, pela sua paisagem árida sem qualquer tipo de vegetação paramos num local onde a sensação era de que estávamos em pleno deserto ou a atravessar a superfície de Marte, de tão inóspito que é…. Aqui, inclusivamente, é possível observar e até fotografar uma miragem! A água que vemos ao fundo na realidade não está lá, mas com o calor que se sente sabe bem imaginar que é real.
Percorremos mais alguns quilómetros por caminhos não asfaltados cheios de calhaus e covas mas que nos reservavam outra surpresa.
Desta feita fomos até junto a uma piscina de água salgada na costa ocidental da ilha para conhecer o “olho azul”…
Numa gruta, em forma de poço, o sol entra pelo meio das rochas basálticas de origem vulcânica criando na água o formato de um olho de exuberantes tons de azul. Mas com o dia nublado que estava foi impossível ver este fenómeno da natureza!
Mas para compensar fomos visitar uma pequena lagoa encravada nos rochedos vulcânicos onde se pode tomar banho e que tem uma água tão transparente que parece ficção!
E se vos dissermos que também por cá se pode ter uma experiência com tubarões?
Verdade! Na Baía da Parda tivemos a oportunidade não só de ver, como de estar muito perto deles: Os tubarões-limão.
Aqui com sapatos de borracha adequados ao chão rochoso entramos no mar e estivemos “lado a lado” com os tubarões! É certo tínhamos a água pelos joelhos, e os maiores não nadam em águas tão baixas e por isso apenas podemos observar a sua barbatana dorsal, mas os mais pequenos sim, quase passavam entre aas nossas pernas!
Foi na Vila de Palmeira, uma vila piscatória e onde fica o principal porto da Ilha que almoçamos e passeamos pela cidade e aprendemos que na bandeira de Cabo Verde, o azul representa o mar e o céu, o branco simboliza a paz e o vermelho representa o esforço na luta pela independência e desenvolvimento do país. As 10 estrelas simbolizam as 10 ilhas do arquipélago.
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