Primeira produção audiovisual oriunda do registro das atividades do III Fórum Nacional de Museus Indígenas do Brasil, que aconteceu durante os dias 19, 20 e 21 de outubro de 2017 na comunidade Nazaré, do povo Tabajara e Tapuio-Itamaraty, localizadas na zona rural do município de Lagoa de São Francisco, Piauí, através de uma parceria da Rede Indígena de Memória e Museologia Social e a Associação dos Povos Indígenas Tabajara e Tapuio-Itamaraty da comunidade Nazaré (APIN).
O Fórum contou com a participação de representantes de 15 estados brasileiros (RJ, SE, PE, AP, CE, MA, MT, RR, SP, RN, PE, PI, AM, AC, RO), que totalizaram cerca de 200 pessoas. Além dos representantes de povos e museus indígenas, o Fórum contou com a marcante presença do maestro Adrián Silva Rodriguez, do povo zapoteco de San Francisco Cajonos (Sierra Norte de Oaxaca-México), atual presidente do Consejo Directivo da Unión de Museos Comunitarios de Oaxaca-UMCO, e de pesquisadores e estudantes vinculados à diversas instituições e museus.
O III Fórum Nacional de Museus Indígenas do Brasil consolidou definitivamente este encontro como o principal espaço de diálogo entre coletividades indígenas que, partindo de seus diferentes modos de organização social e de suas diversificadas políticas da memória, direcionam seus esforços para o fortalecimento de uma organização em rede de museus indígenas. Se configura como um espaço específico destinado para os povos indígenas avançarem no processo de articulação em rede, envolvendo coletividades étnicas que desenvolvem processos museológicos e ações educativas com patrimônio e memória em seus territórios.
Nas próximas semanas estaremos sistematizando coletivamente os debates, reunindo os acervos produzidos por estudantes, indígenas e pesquisadores e planejando a continuidade das atividades da Rede Indígena de Memória e Museologia Social no processo de consolidar formas de organização coletiva baseadas na autonomia, na descentralização e na horizontalidade.
Agradecemos profundamente à Mãe-Terra, aos Encantados e à Natureza Sagrada, por ter nos concedido dias inesquecíveis de intercâmbio, espiritualidade e fortalecimento de nossos processos museológicos comunitários e da nossa união em torno dos objetivos comuns da Rede Indígena de Memória e Museologia Social do Brasil: potencializar a memória como ferramenta de luta dos povos indígenas.
A produção audiovisual que ora compartilhamos é resultados dos registros efetuados pelo jornalista e artista-visual Alex Hermes, que também editou o material através do estúdio da Labirinto Comunica Produções.
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