No dia 06.02.2018, estive na Tribuna da Alepe, delegado pelo movimento de defesa a tolerância e a convivência religiosa aqui no nosso estado. Na condição de presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Alepe, como ativista dos direitos humanos contra a intolerância religiosa, eu fiz uma reflexão sobre o pronunciamento lamentável da Vereadora da nossa capital, a vereadora missionária Michele Colins. Ela fez a publicação, em sua página pessoal no Facebook, de uma nota vilipendiando a figura do orixá Iemanjá. Este tipo de pregação é uma pregação de ódio. Uma pregação de intolerância descabida, para um país que acolhe todas as crenças, toda diversidade humana, e o universo da religiosidade sempre foi muito bem acolhida pelo povo brasileiro. No ano retrasado, em 2016, nós fizemos uma audiência pública para celebrar os quatro anos da fundação do Fórum da Diversidade Religiosa do Pernambuco: o Fórum Diálogos. O Fórum é composto por pessoas de diferentes religiões (candomblecistas, budistas, evangélicos, espíritas, cristãos de várias matizes) e o nosso esforço é pela convivência, pelo respeito a cada religião. Nós temos no Código Penal Brasileiro, Artigo 208, a tipificação do crime por escarnecer de alguém, por conta da sua religião, da sua fé religiosa, isso atinge não só pessoas, mas também a coletividade. Para ser bem honesto, a missionária Michele Colins fez uma nota pedindo desculpas, por essa publicação que ela fez. Eu fico muito feliz pela missionária ter feito este gesto de reconhecer que houve ali, no mínimo, um exagero, algo inadequado. Mas é preciso que a gente preste muita atenção, porque vivemos em uma sociedade onde o ódio está estruturando muitas relações e é necessário que a gente, obviamente, sem perder as perspectivas da individualidade, da diversidade, é importante que a gente se atente para que haja um limite, e que a gente não ingresse em um ambiente de fundamentalismo que vai nos levar a guerra. Aquilo que nós assistimos hoje, em parte do oriente médio, em parte do mundo, tantos atentados terroristas. Felizmente, nós vivemos em um país onde essa realidade, para nós, é muito distante. Nós vivemos outras mazelas. As mazelas dos homicídios, dos assassinatos, da miséria, da desigualdade, mas, felizmente, nós não somos um país que tem grandes catástrofes naturais, e não tem essa chaga do fundamentalismo religioso que mata, maltrata e constrói uma cultura de intolerância. Nós registramos, no dia de hoje, que o nosso #MandatoNecessário está atento a isso, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, que tem um compromisso com a diversidade, também está e, eu espero, que a gente possa combater este tipo de postura, que é uma postura que semeia o ódio e que não interessa a nenhum de nós. #EdilsonSilva #MandatoNecessário
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