Seis meses após a tragédia ambiental ocorrida com o naufrágio do navio Haidar, que afundou com cinco mil bois vivos no porto de Vila do Conde, em Barcarena, nordeste do Pará, moradores do município ainda sofrem com os impactos. As carcaças de animais continuam submersas e o óleo vazou da embarcação, espalhando-se pelas praias da região.
O navio, que estava a caminho da Venezuela, naufragou no dia 6 de outubro de 2015, com quase 700 toneladas de óleo e cerca de cinco mil bois vivos. Após o incidente, três praias de Vila do Conde, o píer onde ocorreu o naufrágio e a praia de Beja, em Abaetetuba, foram interditados e proibidos para qualquer tipo de atividade.
De acordo com ação do Ministério Público Federal (MPF), o dano socioambiental para os moradores dos municípios de Barcarena e Abaetetuba soma R$ 71 milhões em indenizações que ainda não foram pagas.
O navio continua submerso no local do acidente e, após seis meses de indefinição sobre a retirada, a Capitania dos Portos informou que os responsáveis pela embarcação já escolheram uma empresa para realizar a remoção. O serviço tem uma previsão de duração de 144 dias a partir da assinatura do contrato entre as partes, firmado na última terça-feira (5).
São réus na ação os donos do Haidar, Husei Sleiman e Tamara Shiping, a proprietária da carga de bois vivos, Minerva S.A, as responsáveis pelo embarque dos bois, Global Agência Máritima e Norte Trading Operadora Portuária, além da Companhia Docas do Pará (CDP), responsável pelo porto de Vila do Conde, que segue interditado e acarreta um prejuízo milionário ao setor de exportação do Pará.
Empresas recorreram de ação judicial e ainda não pagaram indenizações.
População denuncia contaminação da água e dos peixes.
Após 6 meses de naufrágio, navio e bois ainda estão submersos no PA
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