O vídeo de hoje aqui do Médico Para Toda Vida é sobre saúde sexual. Eu vou conversar com você pra tentar desmitificar alguns mitos muito comuns sobre sexualidade feminina. É bem importante falar sobre isso. São coisas que a médica e o médico de família, o clínico geral, precisam conversar com você nos consultórios das equipes de Saúde da Família, nos centros de saúde de atenção primária pelo nosso país afora.
Eu separei 5 coisas importantes que todo mundo deve saber pra buscar manter uma vida sexual saudável e sim, saudável e também prazerosa. Bora pro vídeo, eu sou Carlo Cunha, sou médico de família e essa é a minha pílula de saúde de hoje. Eu só te peço uma coisa antes de começar porque ajuda bastante fazendo o Médico Para Toda Vida chegar a mais pessoas: deixa seu like, se inscreve aqui embaixo e compartilha o canal com teus familiares e amigos.
O Mito número 1 é que "toda mulher deve ter orgasmos durante a relação sexual". Sim, isso é mito. A verdade é que nem todas as mulheres têm orgasmos durante a relação sexual, e isso é completamente normal. Cada corpo é único e responde de maneira diferente ao estímulo sexual.
Muitas mulheres se sentem pressionadas a ter orgasmos durante o sexo e se culpam quando isso não acontece, o que pode levar a problemas de autoestima e até mesmo afetar a vida sexual em geral. O importante é se comunicar bem com o parceiro ou parceira e encontrar formas de prazer que funcionem para você.
É interessante saber que apenas cerca de 25% das mulheres atingem o orgasmo exclusivamente através da penetração vaginal, enquanto a maioria precisa de estímulo direto no clitóris. Por isso a comunicação é fundamental.
Mito 2: A falta de desejo sexual é um problema exclusivamente feminino. Pois não é. Isso é mais um mito. A verdade é que a falta de desejo sexual pode afetar tanto homens quanto mulheres. Além disso, existem diversas causas para a diminuição do desejo sexual feminino e masculino, como estresse, cansaço, problemas hormonais ou emocionais.
Mas uma coisa se fala pouco mas precisa ser dita: o desejo sexual tem tudo a ver com a qualidade da relação. A compreensão, o entendimento entre os parceiros; o respeito. Por isso a comunicação é importante. Por isso se conhecer, conhecer o corpo e conversar sobre isso é fundamental.
Problemas sociais também influenciam na redução do desejo sexual - e nesse caso as mulheres acabam sofrendo mais. Os dados estão aí pra quem quiser ver e isso é mais uma coisa que a gente precisa enxergar. Pesquisas e dados do IBGE e também de outros institutos que avaliam esse tipo de tema, como o DIEESE por exemplo, mostram que o Brasil tá muito longe da equidade de gênero dentro do mercado de trabalho.
Esses estudos mostram que as mulheres têm maior taxa de desemprego, menor salário para mesmas funções, menor rendimento médio mensal e menor inserção trabalhista, principalmente as mulheres chefes de família. Será que isso também não influencia no desejo sexual?
São 5 mitos. Vamo pro terceiro: "sexo após a menopausa é impossível ou doloroso." Isso é mais um mito. A verdade é que embora a menopausa possa afetar a lubrificação vaginal e causar desconforto durante o sexo, existem diversas opções de tratamento, como lubrificantes e terapia hormonal, que podem ajudar a aliviar esses sintomas e tornar o sexo prazeroso sim nessa fase da vida.
Mito 4: A masturbação é prejudicial ou errada. Na verdade a masturbação é uma forma saudável e natural de explorar o próprio corpo e descobrir o que funciona para você em termos de prazer. Não há nada de errado em se masturbar, e pode até ajudar a melhorar a vida sexual com um parceiro ou uma parceira como eu já falei aqui. O importante é se conhecer, conversar, compreensão, amor, carinho e respeito.
Mito 5: A incontinência urinária é uma consequência inevitável do envelhecimento. Outro mito! A verdade é que, embora a incontinência urinária seja mais comum em mulheres mais velhas, ela não é uma consequência inevitável do envelhecimento. Existem diversas opções de tratamento, como exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, medicamentos e cirurgia se for o caso, que podem ajudar a aliviar ou mesmo curar a incontinência urinária.
É importante lembrar que cada pessoa é única, cada mulher e cada homem são únicos e tem sua própria experiência sexual, mas o diálogo aberto e honesto com o parceiro ou parceira, e o acompanhamento médico regular, são fundamentais para manter a saúde sexual em dia. Eu espero ter te ajudado a esclarecer algumas dúvidas e a botar os pingos nos "is" com relação a esses mitos.
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💠Dr Carlo Cunha
CRM-SC 14913
Medicina de Família e Comunidade RQE 9816
Epidemiologista Clínico
SAÚDE SEXUAL: mitos e verdades que todos precisam saber
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