Em condições de prisioneiros de guerra no Brasil durante o período escravocrata, os africanos mantiveram suas convicções religiosas mesmo após a tentativa de doutrinação da Igreja Católica. Estabeleceram conexões e compartilharam conhecimentos, entre eles, de cunho religioso. Essa troca de informações, práticas e culturas cristalizou o surgimento de uma nova crença, em que a fé em diversas divindades alinhada a busca pelo bem-estar energético eram prioridades. Nasce uma religião em meio ao ambiente de desigualdade e intolerância. A formalização do candomblé ao longo dos anos herdou alguns aspectos históricos culturais importantes. Só que com ela, vieram também os estereótipos. Até hoje, candomblecistas sofrem com a intolerância religiosa e lutam diariamente por respeito, reconhecimento, busca por representatividade e direitos na esfera pública.

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