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Como TRANSFORMAR um ATERRAMENTO TT em TN-S?

Aterramento elétrico é sem dúvida um dos assuntos que mais gera discussões entre os profissionais da nossa área, seja pela informações antigas que muitos profissionais ainda insistem em “compartilhar” como atuais e verdadeiras, como por exemplo, o mito da resistência de 10 ohms, seja pela experiência prática de alguns que acabam acreditando que um tipo de aterramento seja melhor do que outro, como por exemplo, o aterramento TT ser melhor do que o aterramento TN.

De qualquer forma, essas “discussões” são aceitáveis, já que acabam gerando mais interesse sobre este assunto e assim, fazendo com que as instalações elétricas se tornem mais e mais seguras.

Pra aula de hoje vamos colocar uma pimentinha a mais nessa discussão.
Vamos mostrar como transformar um sistema de aterramento do tipo TT em um sistema de aterramento do tipo TN-S.

Bom, agora vamos alinhar o conhecimento. O que é aterramento elétrico?

O aterramento elétrico é uma medida de segurança cuja função é conectar um equipamento à terra com o objetivo de eliminar uma fuga de corrente do sistema. Ele protege os usuários contra choques elétricos acidentais causados por falhas nos equipamentos.

Existem basicamente 3 tipos de aterramento. O Esquema TN com suas variações TN-C, TN-S e TN-C-S, o Esquema TT e o Esquema IT.

No esquema TN, o neutro da concessionária está diretamente aterrado em hastes próximas ao padrão de entrada, e as massas dos equipamentos estão ligadas a esse ponto através de condutores de proteção. Porém, na variação que vamos abordar hoje, que é o esquema TN-S, o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos na totalidade do esquema.

Já no esquema TT, o neutro da concessionária está diretamente aterrado em hastes próximas ao padrão de entrada, e as massas dos equipamentos são aterrados com uma haste própria, diferente da haste usada para aterrar o neutro, ou seja, são barramentos independentes.

Bom, agora que todo mundo está com o conhecimento alinhado, vamos mostrar como transformar um sistema de aterramento do tipo TT em um sistema de aterramento do tipo TN-S.

Como vimos antes, tanto no esquema TT quanto no esquema TN-S, o neutro da concessionária está aterrado no padrão de entrada. Este aterramento é chamado de aterramento funcional e serve para “equilibrar” as correntes que retornam pelo neutro, devido ao desbalanceamento das cargas, não retornem para a rede de energia elétrica da concessionária.

Além deste aterramento do padrão, geralmente são utilizadas outras hastes para fazer o aterramento de proteção, tanto para o aterramento TT quanto para o aterramento TN-S.

Então, em tese, a estrutura básica do aterramento TT quanto do TN-S é praticamente idêntica. A diferença está na equipotencialização destas hastes, tanto a do aterramento funcional quanto a haste de aterramento de proteção.

A equipotencialização busca fazer com que todas as massas e elementos condutores de uma edificação estejam o mais próximo possível do potencial da terra. E esta equipotencialização pode ser feita tanto dentro do QDC, como a que fizemos lá na casa do Leandro Torneiro, quando em uma caixa específica, como a que fizemos na obra do Galpão.

Sendo assim, para transformar um aterramento TT em um aterramento TN-S, basta interligar o barramento de neutro com o barramento de terra, assim como fizemos na obra da nossa sede em Natal.

Para quem acompanhou esse direto da obra pode ver que unimos todos os aterramentos em um mesmo barramento de terra e depois ligamos este barramento a um outro barramento, chamado de Barramento de Equipotencialização, ou BEP, que também estava ligado ao barramento de neutro do quadro.

Para facilitar o entendimento, veja este diagrama
Temos deste lado o padrão de entrada aterrado e deste padrão segue até o barramento de neutro do QDC o neutro aterrado da concessionária.

Já deste outro lado temos o aterramento que vai para o barramento de terra do QDC. Desta forma que esta, este tipo de aterramento é chamado de TT, já que a massa dos equipamentos estará ligado direto ao barramento do terra.

Agora, quando interligados o barramento de Neutro com o barramento de Terra, estamos fazendo a equipotencialização do terra e do neutro, fazendo como que o aterramento passe a ser o TN-S.

Lembrando turma, quando temos aterramento TT, todos os circuitos do QDC devem ser protegidos pelo IDR. Já quando o aterramento é do tipo TN-S, o uso do IDR é obrigatório apenas em areas molhadas.
Além disso, optando pelo aterramento do tipo TN-S, não é necessário fazer a medição da resistência do aterramento, por esse motivo dou preferência para o aterramento TN-S.

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