Vou falar hoje dos estados unidos. O eleitor americano vota na próxima terça-feira, para eleger todos os 435 deputados federais. E também para escolher um terço dos 100 senadores. É uma eleição importante, por mais que uma boa parte dos americanos não concorde com isso. Como o voto não é obrigatório, nesse tipo de eleição a abstenção é sempre superior a 60 por cento. Os republicanos, que são mais conservadores, já controlam a câmara dos deputados. Devem manter a maioria naquele plenário. O mandato de um deputado é de dois anos. O de um senador é de quatro anos. No senado, a maioria é dos democratas, que também é o partido do presidente Barack Obama. As pesquisas mostram que é altíssima a chance de os republicanos ultrapassarem os adversários, por algumas cadeiras. Eles passariam também a controlar o senado. Minoritário nas duas casas do congresso, Obama poderá vetar os projetos conservadores que sejam aprovados. Estão em pauta assuntos como a reforma da lei da imigração e os controles ambientais para a construção de gasodutos. Os dois partidos concordam em poucos temas, como a simplificação das leis tributárias. Mas, na terça-feira, também serão eleitos 36 dos 50 governadores. Um dos temas dessas campanhas foi o aumento do salário mínimo. Uma outra coisa: os americanos também decidem em seus estados sobre questões controvertidas. A legalização do uso recreativo da maconha está em pauta na capital federal, na Flórida, no Alasca e no Oregon. Um outro estado, o de Washington, que fica perto do Canadá, no litoral do pacífico, o eleitor vota por um controle maior na venda de armas. Ponham todos esses assuntos num saco azul, branco e vermelho, chacoalhem bastante e vocês terão bem misturados, os ingredientes da rotina da democracia americana. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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