"Só é possível mostrar montando. Até um filósofo precisa praticar a montagem para se mostrar a si mesmo e para expor aos outros as formas do seu pensamento. No nosso caso, é a prática de montagem de textos e imagens que constitui tanto a práxis quanto a poiesis do filósofo. Ora, acontece que o realizador, por sua vez, teve a sensação de que esta prática era mostrável... Mas em tais proporções que ele resolveu não montar nada... O realizador só monta suas imagens quando ele quer mostrar algumas, mas sua decisão formal, aqui, consiste em deixar, imenso, o campo aberto de suas sessenta horas de filme"
"On ne montre que si l’on monte. Même un philosophe a besoin de pratiquer le montage pour se montrer à lui-même et pour exposer aux autres les formes de sa pensée. Dans notre cas, c’est une pratique de montage de textes et d’images qui constitue toute la praxis autant que la poïèsis du philosophe. Or il se trouve que le réalisateur, lui, a eu la sensation que cette pratique était montrable… Mais dans des proportions telles qu’il a décidé de ne rien monter… Le réalisateur ne monte ses images que lorsqu’il veut en montrer certaines, mais sa décision formelle, ici, consiste tout autant à laisser, immense, le champ ouvert de ses soixante heures de film"
Georges Didi-Huberman / Henri Herrè - TABLES DE MONTAGE -
MONTER, MONTRER à deux points de vue
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Créditos:
design gráfico: Luiz Garcia Vieira Junior
(lzgarcia@gmail.com)
tradução e legendagem: Alexandre Gouin
(alexandre.k.gouin@gmail.com)
transmissão: Nicolas Jorge
(nicolaseetcs@gmail.com)
organização: Tadeu Capistrano
(PPGAV/PRINT/EBA/UFRJ)
apoio: CAPES_PROEX
