Este ritual é realizado como forma de iniciação masculina.
Todo o rapaz que quer ficar "homem", tem de passar por esta prova de esforço que consiste em ser picado por centenas de formigas.
O índio sateré-mawé, para provar sua força, coragem e masculinidade, deve-se deixar ferrar no mínimo 20 vezes, colocando as mãos dentro da luva da tucandeira (saaripé). Há quem diga que deve ficar com as mãos a serem picadas durante 10 minutos.
Os meninos ou jovens levantam-se cedo para terem os seus braços pintados com o preto do jenipapo. Em seguida, com um dente de paca, as mães começam a riscar a pele dos filhos até sangrarem.
A luva é feita de palha pelos padrinhos, que são os tios maternos, e é onde serão colocadas as várias formigas.
As tucandeiras são formigas grandes com ferrão muito doloroso que, na véspera do ritual, são capturadas vivas e conservadas num bambu. São considerados um dos insectos que causam maior dor ao homem.
Uma só picada destas formigas é comparada ao tiro de uma bala.
No dia da cerimônia, pela manhã, as formiguinhas são colocadas numa taça com tintura de folha de cajueiro, que tem um efeito anestesiante, e então meio adormecidas, as formigas tucandeiras são colocadas nas luvas, com a cabeça para fora e o ferrão para dentro, na parte interna do saaripé .
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