Parece filme de Hollywood, mas é a vida real. A Namíbia, país localizado no sudoeste do continente africano, possui uma região chamada Costa dos Esqueletos, que constitui um trecho litorâneo banhado pelo oceano Atlântico e que, há centenas de anos, aterroriza experientes navegadores de diversos cantos do mundo.
Nesta região, que costuma ser coberta por uma espessa névoa que diminui a visibilidade sobre o mar, afundaram ou encalharam dezenas de navios nos últimos séculos: um deles, chamado Eduard Bohlen, faz parte, hoje, de uma paisagem inacreditável.
Encalhada na Costa dos Esqueletos em 1909, durante uma viagem entre os portos de Swakopmund (parte do que atualmente é território namíbio) e Table Bay (também na África), a embarcação se encontra no meio do deserto, a mais de 300 metros do oceano.
Sua carcaça foi parcialmente engolida pela areia, e, atualmente, as pessoas se perguntam: "como ela foi parar ali?".
As fotos (principalmente as aéreas) do Eduard Bohlen parecem inventadas: à primeira vista, a impressão é a de que o navio, tal qual uma nave espacial, caiu do céu no coração do deserto, rasgando a areia com uma aterrissagem forçada.
Este cenário surreal transformou uma área especialmente inóspita da Namíbia em destino turístico de fama global: viajantes em visita a esta nação africana fazem questão de contratar agências de turismo para, a bordo de veículos 4x4, chegar perto do Bohlen.
As dimensões da embarcação impressionam: são quase 95 metros de comprimento por 11 metros de largura máxima.
Sua estrutura está corroída pelo clima e pelo tempo, mas, ainda assim, rende grandes fotos para quem se aventura nestas paragens da África.
A área onde se localiza o Eduard Bohlen já foi, logicamente, banhada pelo oceano.
Com o passar dos anos, entretanto, o deserto avançou sobre o mar e aterrou esta zona.
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