GUILHERME DE ABREU CORREIA: única e especialmente, In Memoriam ao grande compositor musical português, pianista, pedagogo, crítico musical, ensaísta e investigador, FERNANDO LOPES-GRAÇA (17/12/1906 a 27/11/1994) meu antigo amigo durante anos em Lisboa e vizinho na freguesia da Parede - Cascais. Neste vídeo, apresento algumas fotos minhas e da Ilha da Madeira de onde sou natural e à qual regressei no ano de 1991/2 para dar início a um outro tipo de trabalho já concluído. … Para MEMÓRIA FUTURA. …
Música de Fernando Lopes-Graça: – 3 extratos das XI GLOSAS, Sobre Canções Tradicionais Portuguesas.
Aqui são interpretadas as seguintes GLOSAS das CANÇÕES:
V – Da CANÇÃO DOS "REIS" DE MAÇÃO
VI – Da CANÇÃO MADEIRENSE "Ó MINHA VACA, MEUS BOIS"
VII – De UMA CANTIGA BAILADA RIBATEJANA
OBSERVAÇÕES:
1 – Sabemos e o Jorge Peixinho igualmente dizia o mesmo, que, nessas GLOSAS encontramos o reflexo, ou de quase todos, os principais atributos da personalidade do seu autor; sobretudo quando, como no caso de Fernando Lopes-Graça, esta se caracteriza pelo seu aspeto multiforme, caleidoscópico. É o caso das Glosas para Piano, instrumento altamente representado, e representativo, na extensa produção do autor, "o seu instrumento mais direto e entranhado, o meio necessário e permanente da sua criação musical". Realmente, desde a simplicidade, a transparência linear, até ao doloroso grito de angústia, passando pelo lirismo requintado, trespassado de delicadeza e pela vitalidade, a força sadia, e sem esquecermos o magistral exemplo de tensão dramática, está contido nessas XI GLOSAS. Tudo nessas Glosas reflete a rica personalidade do seu autor e faz com que, em síntese, elas surjam como um hino à vida, com tudo o que ela possa conter de belo ou de sereno, de doloroso ou de amargo. Quando falamos da sua obra do ponto de vista de execução – do ponto de vista técnico, a sua técnica já estava nitidamente integrada na execução pianística contemporânea – a que o intérprete deve fazer frente, mas a algo de muito mais profundo sem o que o Fernando Lopes-Graça – nem muito menos transmiti-la – a essa obra-prima da literatura pianística portuguesa contemporânea: referimo-nos à inteligência musical, à sensibilidade ao mesmo tempo subtil e cheia de precisão de que o verdadeiro poeta deve servir-se para obter uma comunicação direta com o seu semelhante.
2 – Um dia, no ano de 1987, quando eu estava a conversar com o Fernando Lopes-Graça, na casa sua morada situada na Parede em Cascais e meu vizinho, perguntei-lhe se ele tinha recebido alguma influência para o seu estilo musical, e ele, então respondeu-me que, sinceramente, recebeu a influência musical do compositor Béla Bartók (nasc. Sânnicolau Mare, Hungria – em 25-03-1881 e falecimento a 26-09-1945 em Nova Iorque –, foi compositor, pianista, coreógrafo, professor, pedagogo, musicólogo, professor de música, etnomusicólogo, professor universitário e músico), mais conhecido como um compositor húngaro, pianista e investigador da Música Popular da Europa Central e do Leste.
3 – Acompanhei o amigo Fernando Lopes-Graça na sua composição do "REQUIEM", sobre o qual falava-me frequentemente de maneira entusiasmada e alegre, até o concluir. …
Estas peças foram interpretadas num recital, no ano de 2013, pelo jovem músico: Filipe Sousa.
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Fotos e Imagens de Guilherme de Abreu Correia e da Ilha da Madeira – Portugal.
Guilherme de Abreu Correia – Funchal, Ilha da Madeira – Portugal.
Escritor / Educador Espiritualista Universalista e ex-Músico Amador.
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