A pelo menos três anos de virar realidade, o Contorno Viário da Grande Florianópolis ainda tem pela frente etapas de grande porte da sua execução: os túneis, um já previsto no projeto. Após a mudança no traçado em 2012, devido a construção de um condomínio em Palhoça, outros três túneis foram sugeridos pelos especialistas.
Ao todo, nos 50 quilômetros do contorno, serão quatro estruturas contornando regiões montanhosas para dar sequência ao curso da rodovia. De acordo com a concessionária responsável pela rodovia, uma solução necessária. Especialmente devido aos impactos ambientais.
"Seria a melhor solução do ponto de vista ambiental. Teríamos muitos cortes e aterros e a necessidade de supressão de vegetação bastante grande naquela região de vegetação em estágio avançado", afirma a arquiteta da Labtrans, Luana Periotto Costa. Ainda de acordo com a arquiteta, todas as vias locais que estão sofrendo interferência contorno estão sendo realocadas.
Um dos túneis ficará no trecho intermédio do contorno, no limite entre Biguaçu e São José. Os outros três, ficam no trecho Sul, em Palhoça. As quatro estruturas estão projetadas em uma faixa de nove quilômetros e devem ser construídas simultaneamente.
Segundo a Arteris, as licenças ambientais já foram emitidas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O que falta para o trabalho começar, é a aprovação do projeto e do orçamento, por parte da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Hoje, todo o estado de Santa Catarina conta com apenas três túneis viários. Por isso, a construção dos quatro túneis do contorno da Grande Florianópolis, já é encarada por especialistas como uma das maiores intervenções rodoviárias do país.
"Quando as obras começarem, teremos quatro túneis duplos sendo escavados ao mesmo tempo. Será um grande canteiro de obras, importante para estudos e pesquisas na área hoteleira, sendo uma das obras mais importantes do país", reitera Costa.
A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) presta suporte à ANTT na análise dos projetos. Desde janeiro, o trabalho é feito pelo Labtrans, com uma equipe de mais de 40 pessoas, entre engenheiros, arquitetos, professores, bolsistas e especialistas em diversas áreas de atuação. O último relatório foi enviado no dia 21 de junho.
De acordo com o chefe do Departamento de Engenharia Civil da UFSC, Wellington Repette, foi verificado se o projeto está tecnicamente adequado e de acordo com as normalizações existentes. "Foi verificada também a questão econômica. Se os custos apresentados são compatíveis com aqueles de projeto" afirma o engenheiro.
O Contorno Viário da Grande Florianópolis já custou mais de R$ 1,1 bilhão. O valor dos túneis não entra na conta, pois o orçamento ainda depende da aprovação do projeto. A expectativa pelo andamento desta etapa especifica é grande. Outras obras do contorno dependem dos túneis prontos para serem executadas.
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