Compilado feito por mim das duas partidas da grande final da Copa do Brasil de 2001 na qual o Grêmio conquistou seu quarto título, e era a sua SÉTIMA FINAL em TREZE edições. (Campeão em 1989, 1994, 1997 e 2001, vice em 1991, 1993 e 1995).
Em 2016, depois de 15 anos, o Grêmio voltou à final da competição e se sagrou pentacampeão, na época sendo o maior vencedor da Copa do Brasil.
Em 2020, ainda que cambaleante, entrando direto nas oitavas de final e ganhando de adversários fracos como Juventude e Cuiabá, o Grêmio chegava à sua nona final de Copa do Brasil após derrotar o grande time do país naquele momento, que era o São Paulo de Fernando Diniz. Acabou sendo vice para o Palmeiras de Abel Ferreira que começava a sua dinastia de glórias pelo Verdão, vindo inclusive da conquista da Libertadores 2020 dias antes da final da Copa do Brasil.
Voltando a 2001, o Grêmio depois de eliminar o Villa Nova-MG na primeira fase, o Santa Cruz de Recife na segunda fase, o Fluminense nas oitavas de final, o São Paulo nas quartas de final, o Coritiba na semifinal, chegou na grande final da Copa do Brasil de 2001 contra o Corinthians de Vanderlei Luxemburgo, Marcelinho Carioca, Muller, Ricardinho, Ewerthon, Scheidt (que foi formado na base do Grêmio), dentre tantos outros jogadores.
Grêmio 2x2 Corinthians, final Copa do Brasil 2001 (ida):
O Grêmio sai perdendo por 0x2 com gols de Marcelinho Carioca, após uma bomba de fora da área que desviou em Marinho e acabou traindo o goleiro Danrlei aos 28 minutos do primeiro tempo, e também de Muller, que aos 6 minutos da segunda etapa, recebeu um cruzamento na grande área, girou pra cima da marcação e fuzilou o lendário goleiro gremista.
A reação do Imortal começa aos 19 minutos do segundo tempo, com Luís Mário se aproveitando de uma confusão na área para descontar o placar.
E 5 minutos depois, aos 24, ele recebe pela esquerda, traz pro meio e solta uma bomba de fora da área que o goleiro Maurício acaba aceitando e o placar se iguala.
A situação do Grêmio ainda era ruim, porque nesta época, havia o gol fora, o gol qualificado fora de casa como critério de desempate. Então, no jogo da volta, o Corinthians poderia empatar por 0x0 ou 1x1 que levaria o título. 2x2 levaria a decisão para os pênaltis, e o 3x3 em diante já serviria ao Grêmio.
Corinthians 1x3 Grêmio, final Copa do Brasil 2001 (volta):
No jogo da volta, no estádio do Morumbi completamente lotado de corinthianos, o Grêmio dá um show com o seu "diretor teatral", segundo Pedro Ernesto Denardin falando sobre Adenor Leonardo Bacchi, o Tite. Num esquema diferente, o 3-5-2, ele envolve o Corinthians praticamente o jogo inteiro, principalmente da parte final do primeiro tempo em diante.
Aos 42 minutos do primeiro tempo, Zinho cobra um escanteio pra área e Marinho, aquele mesmo que desviou o primeiro gol do Corinthians no Olímpico, desta vez desviou de cabeça na entrada da pequena área sem a menor chance para o goleiro Maurício.
Se o fim do primeiro tempo foi ótimo, o segundo tempo não poderia ter começado melhor para o Grêmio: o capitão do Corinthians João Carlos se atrapalha com a marcação de Marcelinho Paraíba, entrega uma bola de graça pra ele na esquerda ofensiva gremista, ele invade a área, toca para Zinho, o aniversariante do dia, bater de perna direita (ele era canhoto) no ângulo, sem a menor chance de defesa para o arqueiro corinthiano.
Uma vitória de 0x2, fora de casa, com um jogador a mais (porque Scheidt foi expulso aos 24 minutos do segundo tempo), parecia que o título estava decidido.
Porém, não se pode subestimar também um time como o Corinthians, ainda mais com a força de sua fiel torcida: Marcelinho Carioca toca com Ricardinho que lança Ewerthon, o atacante sai na cara de Danrlei, toca entre as pernas do goleiro e desconta aos 30 minutos do segundo tempo. 1x2 para o Grêmio, e o empate em 2x2 levaria a decisão para os pênaltis. Isso só reforça o quão importante e fundamental foi o gol de Zinho, o segundo do Grêmio.
O Corinthians a partir dali tentou desesperadamente empatar a partida, mas depois de um certo tempo e algumas tentativas frustradas, não conseguiu e cansou. O Grêmio então aproveita pra gastar o tempo com posse de bola e acaba construindo um terceiro gol digno de gol de título, um gol digno de um show teatral:
Tinga recebe uma bola na meia-cancha pela direita, toca para Fábio Baiano que passa por Ricardinho, faz uma tabela espetacular com Zinho, e já dentro da área toca para Marcelinho Paraíba, sem goleiro e sem ninguém pra impedir o gol, definir quem era o grande campeão daquela Copa do Brasil.
Jogos realizados em 10/06 e 17/06/2001.
Narração: Pedro Ernesto Denardin
Comentários: Ruy Carlos Ostermann
Reportagem: Silvio Benfica, Antônio Carlos Macedo e Sérgio Boaz
Plantão: Cléber Grabauska
Áudio: Rádio Gaúcha de Porto Alegre
Imagens: TV Globo
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