"É sempre com renovada satisfação que me associo à comemoração, a 5 de maio, do Dia Mundial da Língua Portuguesa – e que saúdo todos os falantes da língua portuguesa.
Num contexto global marcado por crises múltiplas e interconectadas, as línguas de comunicação global são um indispensável veículo de entendimento e de esperança.
E são também um lugar de resistência contra quem pretende disseminar o ódio, a exclusão, a violência, o extremismo, a misoginia e a discriminação.
A língua é, muitas vezes, o refúgio e a esperança dos mais vulneráveis – a esperança de serem ouvidos, de que as suas vozes contem, de não serem “deixados para trás”.
A língua portuguesa é, também nisso, um bom exemplo, sendo partilhada e construída por populações em todos os continentes.
Marcada pela diversidade, é uma língua promotora de entendimentos e de conciliação.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa dá corpo a esse espírito, promovendo a cooperação e a solidariedade entre os seus nove Estados membros.
Para os mais de 260 milhões de falantes nos países da CPLP e nas suas diásporas, a língua portuguesa continua a ser uma língua de mobilização em favor de uma renovada urgência na implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Precisamos de reafirmar esse empenho e essa esperança, em todas as línguas – e precisamos de passar das palavras aos atos.
Precisamos de reafirmar o nosso compromisso com a paz e segurança, com o desenvolvimento e com os direitos humanos, ouvindo todas as vozes, norteados pelos princípios comuns em que as Nações Unidas assentam.
Só assim conseguiremos habitar, como almejava Amílcar Cabral – e cito – “Num Mundo de todos, sem Mal e sem danos”.
Muito obrigado."
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