“O indivíduo que conta sua vida para Deus está, na verdade, pedindo a Deus que conte a vida dele para ele mesmo.”
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Por mais que Santo Agostinho não tenha sido o primeiro a escrever uma autobiografia, a sua honestidade intelectual e o seu coração reto fizeram com que ele buscasse, através de uma confissão das suas ações, entender quem ele verdadeiramente era.
Contando a Deus, que sabe de todas as coisas, os meus pecados, as minhas vaidades, o meu oculto, aquilo que eu sou, mas escapa da minha compreensão, entendo melhor as minhas fraquezas e as minhas grandezas.
É esse confronto que Santo Agostinho nos trás entre a experiência individual e o observador onisciente que fundamenta a filosofia.
Mas, hoje em dia, se você entrar em uma universidade dizendo que busca o autoconhecimento, as pessoas irão rir de você. É como se dissessem que buscar conhecer a si mesmo é algo para ser procurado em um grupo de autoajuda ou de psicoterapia.
Mas, que espécie de filosofia nós podemos alcançar se, desde o começo, desprezamos a pessoa que está buscando conhecimento?
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Trecho retirado da Aula 1 do Seminário de Filosofia
