O distanciamento social decorrente do novo Covid-19 produz situações nunca vividas para todas as pessoas no mundo. O espirito comunitário que se instituiu como fonte de sustentação de diversas famílias, criou uma forte rede de afeto que tem como base a internet e as redes sociais. Mundos opostos unidos apesar das diferentes situações. Alguns ficaram sozinhos, outras em comunidade e muitos em família. E esse é o caso de dois artistas, um produtor audiovisual e o outro xilógrafo. Pai e filho, um cuidando do outro, e também daqueles que estão ao redor. A angústia que as notícias produzem fez com que se abrisse um portal criativo, uma vontade de tornar público suas ideias acerca desse período único. Ao unir suas expertises, um produzindo filmes e o outro, obras em xilogravura, buscam informar e principalmente “tocar” o outro que assiste. O meio é um curta documental, que, de forma poética, abordará o processo de criação e produção de uma obra em xilogravura.
A obra tem como ponto de partida as ideias de Emmanuel Levinas, filósofo francês que escreve sobre as relações pessoais e sobre a origem do pensamento humano. Dentre suas ideias, Levinas afirma que uma das coisas que nos faz verdadeiramente humano é a preocupação e a responsabilidade pelo outro. “Esse conceito se refere a uma responsabilidade ética de se disponibilizar completamente ao socorro do outro, (...) eu próprio, sou responsável pela responsabilidade de outro” (Levinas, Emmnuel. A Violência do Rosto, 2014).
Xilogravura por João Bosco Sousa
Filme por Gabriel Sousa
Trilha por Kai Engel
Devir Produções
2020
devirproducoes.com.br
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