A obesidade é a maior epidemia de saúde pública mundial.
No Brasil, 1 em cada 3 crianças está acima do peso.
A obesidade em crianças e adolescentes aumentou dez vezes em quatro décadas!
Quase 90% das crianças com obesidade aos 3 anos tornam-se adolescentes com obesidade.
A obesidade é resultado da interação de fatores genéticos e ambientais.
Ela tem uma base genética bem estabelecida: 60 a 80% da variabilidade do nosso peso pode ser explicada por fatores herdados.
Quando um dos pais tem obesidade, o risco de o filho ter obesidade é de 40%, e quando pai e mãe têm obesidade, este risco é de 80%.
Enquanto isso, os fatores ambientais como sedentarismo e hábitos alimentares ruins respondem por este aumento alarmante na prevalência de obesidade no mundo.
Embora mais raras, as causas endócrinas devem ser lembradas, principalmente se houver queda na velocidade de crescimento da criança.
Quais são as consequências do excesso de peso?
Resistência à ação da insulina e até diabetes tipo 2, alterações de colesterol e hipertensão, predispondo o surgimento prematuro de doença cardiovascular.
Além disso, também tem impacto negativo na imunidade, no sono, pode causar alterações ortopédicas e aumenta o risco de alguns tipos de câncer na vida adulta.
Outra questão muito importante são os problemas psicossociais decorrentes do excesso de peso: bullying, isolamento social, baixa autoestima, tristeza, solidão, ansiedade e menor qualidade de vida.

Para prevenir e tratar, nós devemos mudar nosso estilo de vida.
Hábitos alimentares saudáveis:
1. Tenha uma alimentação saudável na gestação. Ela pode influenciar nas preferências alimentares futuras e inclusive na programação genética do seu filho!
2. Nunca insista para seu filho comer mais. Nem dê elogios ou prêmios por ter comido tudo! Nós temos um centro no hipotálamo que controla fome e saciedade, regula o quanto nós devemos comer.
Já na amamentação, respeite quando seu bebê mostrar que está satisfeito. Os bebês choram por muitos motivos, nem sempre é fome! Veja meu vídeo sobre o choro do bebê.
E desde o início da alimentação complementar, nunca incentive ou force a comer mais do que quer! Isso pode prejudicar o autocontrole do balanço energético da criança, favorecendo o ganho excessivo de peso. Assista meu vídeo sobre introdução alimentar onde eu falo sobre como estimular uma alimentação saudável desde o início!
3. Eliminar o consumo de líquidos doces, oferecer água!
Os líquidos doces são um dos grandes vilões da obesidade no mundo.
O consumo diário de uma latinha de refrigerante por uma criança, aumenta em 60% sua chance de obesidade!
Não tenha em casa refrigerantes, sucos de caixa ou de pacote, mesmo sucos naturais, o melhor é comer a fruta.
A criança deve levar sempre uma garrafinha de água para escola e outras atividades.
4. Reduzir o consumo de carboidratos simples, como açúcar, doces, farinha branca. Dar preferência para alimentos integrais, ricos em fibras.
5. Evitar o consumo de alimentos industrializados ultraprocessados, aqueles prontos pra consumo, como bolachas, salgadinhos. Estes alimentos são ricos em gorduras modificadas, açúcar e sal. Salgadinho pode ser substituído por pipoca feita em casa. Dar preferência para alimentos mais naturais, menos processados.
6. Evitar alimentos embutidos, como salame, presunto, salsicha, linguiça e mortadela.
7. Diminuir o consumo de frituras e fast-foods.
8. Diminuir o sal.
9. Aumentar o consumo de frutas e vegetais.
10. Comer devagar: nosso corpo precisa de um tempo para sinalizar ao cérebro saciedade. Comer muito rápido pode fazer com que acabe comendo além de suas necessidades.
11. Evitar telas durante as refeições.
12. Limitar o tempo de tela (TV, videogame, computador e tablet), para no máximo 2 horas por dia.
13. Praticar atividade física, pelo menos 1 hora por dia. Para as crianças que precisam perder peso, aumentar a intensidade, frequência e duração das atividades físicas gradualmente e de acordo com a tolerância da criança.
14. Incentivar brincadeiras ao ar livre, caminhadas, andar de bicicleta.
É fundamental que a família tenha um estilo de vida e alimentação mais saudáveis!
A obesidade tem um sério impacto na saúde física e emocional e sua prevenção deve começar desde a gestação!

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