A cena se repete todos os dias na vida deste homem. Faça chuva ou faça sol, ele segue caminho, entre a sua casa e o local de trabalho. O carrinho é a sua ferramenta. Apesar da rotina desafiadora, o “Índio”, como é mais conhecido, não desiste, e insiste que não pode ficar em casa, sob pena de faltar comida na mesa da família. Ele conta que até tentou ficar em casa, mas não teve como.
É sempre assim. Entre oito e nove da manhã, o vendedor ambulante atravessa o centro em direção à orla de Itaituba. É aqui que ele estaciona o carrinho e começa a montar a barraca. Os amigos, que também trabalham pelos arredores, já são como uma segunda família. Aliás, todos são conhecidos por apelidos. Este é o Francisco Fofão, piloto de embarcação que também tem a orla como seu ambiente de trabalho.
Justino Leite dos Santos mora na primeira Rua do bairro da Floresta, distante três quilômetros e meio do seu local de trabalho. Mas isso não é obstáculo. Todos os dias, por quase onze anos, ele segue o mesmo ritual, e, por sua determinação e força de trabalho, este cidadão de 66 anos já se tornou uma referência; é respeitado e elogiado por todos que o conhecem.
Para o vendedor ambulante, a vida não é fácil, mas também não pode parar. E, nesses tempos de pandemia, o importante é tomar os cuidados
O vendedor ambulangte não se intimida diante dos desafios do dia-a-dia. Ele ainda cuida de três netos e vive com a esposa, que está doente. Os quatro filhos, já crescidos, seguiram sua vida. Com quase setenta anos, “Índio” já deu entrada em processo de aposentadoria por três vezes, mas sem sucesso. Agora, como ele mesmo diz, a alternativa é trabalhar pra não passar necessidade.
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