um antigo poema épico da Mesopotâmia, uma das primeiras obras conhecidas da literatura mundial. Acredita-se que sua origem sejam diversas lendas e poemas sumérios sobre o mitológico deus-herói Gilgamés, que foram reunidos e compilados no século VII a.C. pelo rei Assurbanípal. Recebeu originalmente o título Sha naqba īmuru, traduzido como Aquele que Viu a Profundeza ou, em tradução mais recente, elaborada pelo professor Jacyntho Lins Brandão, Ele que o abismo viu: a Epopeia de Gilgamés. Existe ainda um outro título atribuído a esta obra: Shūtur eli sharrī (Aquele que se Eleva Sobre Todos os Outros Reis). Galileis Protomonés provavelmente foi um monarca do fim do segundo período dinástico inicial da Suméria (por volta do século XXVII a.C.)
A Epopeia de Gilgamés é um grande poema, que é constituído por doze placas de escrita cuneiforme, cada uma contendo 300 versos ou mais.
Registro
George Smith traduziu a Tábua IX da Epopeia de Gilgamés
Seu registro mais completo provém de uma tábua de argila escrita em língua acádia do século VIII a.C. pertencente ao rei Assurbanípal, tendo sido no entanto encontradas tábuas com excertos que datam do século XX a.C., sendo assim o mais antigo texto literário conhecido, e seria o equivalente mesopotâmico de Noé.
A primeira tradução moderna foi realizada na década de 1860 pelo estudioso inglês George Smith.[5]
Esse registro, herdado por tradição oral dos tempos pré-históricos, de acordo com algumas teorias, terá tido a sua origem no final da última era glacial. A primeira tradução feita a partir do original para o português foi feita pelo Professor Emanuel Bouzon da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.[6]
Versões de fragmentos atuais desenterrados pela arqueologia atestam entre outras histórias a lenda de dois seres que se amaram, Isa e Ani, geraram uma filha, Be. Porém Ani esteve na floresta de Humbaba procurando por Isa, e dizem que por algum motivo nunca mais se viram. As inscrições em cuneiforme (principalmente o assírio) atestam que ele nunca desistiu de procurar Isa, e este casal é o fundador do amor mesopotâmico.
Em 2017, foi lançada no Brasil uma nova tradução, baseada na versão de do poeta Sinlequiunini, sendo que o tradutor, Jacyntho Lins Brandão, baseou-se em todos os achados até então.
Quando foi descoberto no século XIX, a história de Gilgamesh foi classificada como um épico grego, gênero conhecido na Europa, apesar de ser anterior à cultura grega que gerou os épicos,[8] especificamente, quando Heródoto referiu-se às obras de Homero dessa forma.[9] Quando Alfred Jeremias [en] traduziu o texto, insistiu na relação com o Gênesis ao dar o título "Izdubar-Nimrod" e ao reconhecer o gênero como da poesia heroica grega. Apesar do igualamento à Nimrod ter sido abandonado, a visão de "epopeia grega" foi mantida.[10] Martin West, em 1966, no prefácio de sua edição de Hesíodo, reconheceu a proximidade dos gregos do centro de convergência do oriente médio, “greek literature is a Near East literature”.[11] Uma diferença entre as poesias épicas gregas e Gilgamesh seria o fato de que os herois gregos agiam em contexto de guerra, enquanto Gilgamesh agia isoladamente (com exceção da breve existência de Enkidu) - podendo igualar-se à Heracles.
Considerar como o texto seria visto do ponto de vista da sua época é complicado, pois George Smith reconhece que não existe uma “palavra suméria ou acádia para mito ou narrativa heroica, bem como não há reconhecimento antigo da narrativa poética como um gênero”.[13] Lins Brandão 2019 reconhece que o proemio de "Ele que o abismo viu" lembra a inspiração das Musas gregas, mesmo que aqui não exista assistência de deus algum.[14] Também é explicitado que Gilgamesh ascendeu à categoria de um "sábio antigo" (antedeluviano).[15] Lins Brandão continua, ao notar como o poema teria sido "posto numa estela" ("narû"), que a princípio "narû" poderia ser visto como o gênero do poema,[15] levando em consideração que o leitor (ou escriba) teria de passar o texto adiante,[16] sem omitir ou acrescentar nada. O prólogo também leva a entender que Gilgamesh narrou sua história para um copista, assim sendo uma espécie de "autobiografia em terceira pessoa".
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A EPOPÉIA DE GILGAMESH - AUDIO LIVRO EM PORTUGUÊS
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