O território brasileiro é extenso, o que propicia a diversidade natural e cultural do país. O Brasil é atualmente dividido em cinco regiões, e cada uma delas é formada por unidades federativas que apresentam semelhanças em relação a aspectos naturais, econômicos e culturais.
Diferenças no território
A superfície da Terra é constituída por diferentes espaços. As diferenças entre eles resultam de muitos fatores, que refletem o modo como os fenômenos naturais ocorrem e como as sociedades humanas ocupam e organizam o espaço em cada parte do planeta.
Você já estudou que o território do Brasil é extenso e que isso favorece a diversidade que se manifesta nas paisagens e na população do país. Uma particularidade dessa diversidade brasileira é que certas características naturais e manifestações culturais só ocorrem ou se concentram em determinadas regiões do país.
Divisões regionais
Para diferenciar espaços em um território e determinar limites entre eles, é necessário realizar estudos a fim de identificar aspectos ambientais, sociais e econômicos que os caracterizam.
É com esse objetivo que um território é dividido em partes menores, chamadas de regiões.
Na atual Região Centro-Oeste, destaca-se o cultivo de produtos agrícolas como a soja, que é feito em extensas propriedades rurais, com o emprego de máquinas. A soja é um dos principais produtos exportados pelo Brasil. Colheita mecanizada de soja em Diamantino, MT. Foto de 2015.
Transformações na regionalização oficial do Brasil
A grande extensão territorial do Brasil torna sua divisão em regiões muito importante para governar o país.
Como a população e o território se modificam ao longo do tempo, as divisões regionais não poderiam permanecer iguais. As regionalizações feitas pelo IBGE, órgão oficialmente responsável por isso, passaram por várias alterações visando apresentar melhor a realidade regional do país.
Os mapas a seguir representam as diferentes regionalizações do Brasil propostas pelo IBGE ao longo do tempo. Cada cor representa o conjunto de unidades federativas de uma região. Ao comparar esses mapas, é possível observar mudanças na divisão política do país.
Nos anos 1940, por exemplo, não existia a Região Centro-Oeste. Nas regionalizações de 1950 e de 1960, por sua vez, alguns estados mudaram de região: o Rio de Janeiro, que era da Região Sul na década de 1940, passou para a Região Leste. Da mesma forma, Maranhão e Piauí, que faziam parte da Região Norte nos anos 1940, passaram a pertencer à Região Nordeste.
Desde 1970, está em vigor a regionalização que divide o Brasil em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Nessa regionalização, Sergipe e Bahia deixaram de ser parte da extinta Região Leste para integrar o Nordeste, e São Paulo deixou a Região Sul para compor o Sudeste, com Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Depois de 1970, houve mudanças na divisão política e administrativa do país, como o desmembramento de parte do Mato Grosso para formar o Mato Grosso do Sul. A Constituição de 1988 promoveu outras alterações na divisão política e administrativa e consolidou a atual divisão regional oficial do Brasil com base na regionalização de 1970.
Em 1967, o geógrafo Pedro Geiger dividiu o Brasil em regiões geoeconômicas, levando em conta sobretudo critérios sociais e econômicos. Nela, o Brasil se divide em Nordeste, Amazônia e Centro-Sul.
O Nordeste se caracterizava por ter baixos níveis de desenvolvimento. Nas últimas décadas, no entanto, apresentou significativas melhorias no desenvolvimento social e econômico.
Na Amazônia, as características naturais, como a presença de muitos rios e da floresta Amazônica, influenciam a ocupação humana e a economia, marcada pelo extrativismo vegetal e mineral e pelas atividades agrícolas.
O Centro-Sul é a região mais urbanizada e com economia mais desenvolvida. Porém, nela a desigualdade social também é grande.
Já na regionalização do geógrafo Milton Santos, de 1999, o Brasil é dividido nas regiões Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e Concentrada. Nessa proposta, o geógrafo considerou critérios como o desenvolvimento econômico, as condições de infraestrutura e a produção de conhecimento. É na área delimitada pela Região Concentrada que esses aspectos estão mais desenvolvidos.
Texto retirado do livro "Aprender Juntos" Editora SM
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