No Brasil, país estruturado por diversas modalidades de racismo, o termo "intolerância religiosa" não é suficiente para descrever as violências sofridas por aquelas e por aqueles que cultuam orixás, inquices e voduns, Allah (Alá), Yahveh (Javé ou Jeová), encantados, povos da rua e ainda outras entidades além-compreensão do imaginário ocidental. Torna-se necessária a busca por outra expressão capaz de nomear e de não deixar dúvidas sobre o quê e a quem essas violências são direcionadas. Neste sentido, o emprego do conceito "racismo religioso" parece mais adequado à definição de práticas ameaçadoras da liberdade e da existência de comunidades tradicionais, como indígenas, ciganas e de Terreiro —em destaque, os adeptos de religiões de matrizes africana e afro-brasileira e pertencentes a estas tradições e culturas.
Fontes de pesquisa: Mundo Negro, Educa Mais Brasil, Politize!, Geledés, Instituto Aurora, Portal Conectas Direitos Humanos e Agência Brasil.
AGRADECIMENTO:
O Canal Preto agradece às convidadas e ao convidado a disponibilidade, o apoio, a confiança e a partilha de conhecimento. Suas falas são a maior referência utilizada na e para a construção de todo conteúdo publicado ao longo da semana.
Ivanir dos Santos - Professor doutor em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fundador do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP)
Thayane Fernandes - Cientista social, doutoranda e mestra em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Amante da cultura, poeta, DJ, provocadora cultural e creator. Pesquisadora de pentecostalismos, subjetividades negras, memória e infância e adolescência. Ministradora da oficina "Laboratório de Escrevivências", direcionada a pessoas negras.
Quezia Barreto - Advogada. Mestranda em Relações Étnicas e Contemporaneidade pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Pós-graduada em Processo Civil pela Universidade Cândido Mendes UCAM) e Diretora de Comunicação e Divulgação da Associação Nacional de Juristas Islâmicos (ANAJI). Membro do Programa Direito e Relações Raciais da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Psicanálise, Identidade, Negritude e Sociedade da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Correspondente da Comissão da Verdade sobre a Escravidão no Brasil da Ordem dos Advogados do Brasil, regional São Paulo (OAB-SP). Correspondente da Comissão de Direito Internacional e Relações Internacionais da Comissão de Direito Internacional do Instituto de Advogados da Bahia (CDI/IAB-BA).
Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você?
#LiberdadeReligiosa #RacismoReligiosoAntinegro #RacismoEuCombato
#ParaTodoMundoVer: no vídeo, vemos, nesta ordem de aparecimento, as seguintes convidadas e convidado: Thayane Fernandes, mulher negra de pele retinta e cabelos crespos levemente aloirados nas pontas, que usa piercing no septo, gargantilha prateada brilhante em distintas formas geométricas, anéis no dedo anelar da mão direita (prateado) e outros dois, respectivamente, nos dedos indicador (rosa) e médio (prateado) da mão esquerda, além de blusa preta com estampa quadriculada; Quezia Barreto, mulher negra de pele escura, usa óculos com armação arredondada na cor verde, hijab estampado em tons de azul e caramelo e veste azul marinho de manga longa; e Ivanir dos Santos, homem negro de pele retinta e cabelos crespos grisalhos, que usa eketé na cor branca e túnica azul com bordados amarelos.
